Pesquisa da empresa ClearSale revela que o Estado tem 16,45% de fraude ou tentativa por volume de compra online
A compra online é uma realidade social que mostra o quanto a Internet alterou a noção de tempo e espaço, facilitando a vida dos consumidores, que podem adquirir produtos sem sair de casa. Essa comodidade, porém, pode ser sinônimo de insegurança e prejuízo.
O Ceará, conforme levantamento da ClearSale, empresa especializada em autenticação de compras virtuais e na prevenção de fraudes online, é o Estado brasileiro que possui a maior porcentagem de fraude ou tentativa por volume de compra virtual, com 16,45%. Em seguida, aparecem Bahia (12%), Alagoas (8%), Rio Grande do Norte (8%), Distrito Federal (7%) e Pará (7%).
Em 2010, no período compreendido entre janeiro e outubro, foram registrados 115.612 casos no Ceará, um aumento de 197%, se comparados ao igual período de 2009, com 38.854 ocorrências. Esse crescimento, segundo a empresa, está ligado ao maior volume de compras no ano passado.
A pesquisa mostra também que 62% dos crimes com transações financeiras fraudulentas correspondem à Região Nordeste. Depois, empatadas, aparecem as regiões Norte e Centro-Oeste (32%), seguidas por Sudeste (11,2%) e Sul (3,7%).
Os principais alvos de ataques virtuais na época analisado foram objetos como games, notebooks, roupas, celulares, sapatos e acessórios. Já os produtos de beleza e saúde, eletroportáteis, eletrodomésticos, utilidade doméstica e brinquedos foram os que sofreram menos ataques, segundo a ClearSale.
Falta delegacia
Diariamente, de acordo com o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Jaime de Paula Pessoa Linhares, o órgão registra uma média de quatro ocorrências relacionadas à fraude online. O delegado explica que os golpes tendem a crescer com a chegada do Natal, época marcada pelo consumo.
Na opinião de Linhares, a inexistência de uma delegacia especializada em crimes cibernéticos no Ceará dificulta o trabalho da Polícia Civil, que atende a várias outras demandas.
“É difícil achar o infrator. A gente precisa de um laboratório específico, com policiais treinados para esse tipo de delito, além de um convênio com a Polícia Federal. A rede de vítimas é muito grande”, afirma, informando que vários Estados brasileiros, como Rio de Janeiro e Pernambuco, possuem essas delegacias.
A ClearSale considera como ataque tanto a tentativa de fraude quanto a fraude consumada. Em 2010, por exemplo, a média foi de 15 ataques para cada 100 compras na Internet. Em 2009, a média era de 25 ataques.
Em agosto deste ano, o piloto cearense Walder Aguiar, 49 anos, utilizou o cartão de crédito para comprar passagens aéreas. Tudo foi feito facilmente pelo site da companhia. No mês seguinte, a fatura revelou a compra de mais seis passagens e uma dívida de R$ 4.500.
Imediatamente, ele ligou para a operadora do cartão, que desconsiderou o valor cobrado. “Nunca fui fã de compras pela Internet, não acho seguro. Agora, depois do que aconteceu, evito ao máximo”, destaca.
Denúncias
4 ocorrências de fraudes online são registradas por dia em Fortaleza, segundo o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações, Jaime de Paula
Cuidados
1. Sites confiáveisProcure no site a identificação da loja (razão social, CNPJ, endereço, telefone e outras formas de contato além do e-mail). Redobre seus cuidados quando o site exibir como forma de contato apenas um telefone celular
2. SegurançaSomente forneça seus dados em sites com endereço iniciado pela sigla “https” e que exiba, no canto direto inferior da tela, um ícone em forma de cadeado, indicação de que o fornecedor possui mecanismos de proteção do cadastro
3. ProteçãoInstale programas de antivírus e o firewall (sistema que impede a transmissão e/ou recepção de acessos nocivos ou não autorizados) e os mantenha em seu computador
4. Prevenção Nunca realize transações on-line em lan houses ou computadores públicos, pois podem não estar protegidos. Troque periodicamente a sua senha do Internet banking e de sites de comércio eletrônico
Raone SaraivaEspecial para Cidade/DN
A compra online é uma realidade social que mostra o quanto a Internet alterou a noção de tempo e espaço, facilitando a vida dos consumidores, que podem adquirir produtos sem sair de casa. Essa comodidade, porém, pode ser sinônimo de insegurança e prejuízo.
O Ceará, conforme levantamento da ClearSale, empresa especializada em autenticação de compras virtuais e na prevenção de fraudes online, é o Estado brasileiro que possui a maior porcentagem de fraude ou tentativa por volume de compra virtual, com 16,45%. Em seguida, aparecem Bahia (12%), Alagoas (8%), Rio Grande do Norte (8%), Distrito Federal (7%) e Pará (7%).
Em 2010, no período compreendido entre janeiro e outubro, foram registrados 115.612 casos no Ceará, um aumento de 197%, se comparados ao igual período de 2009, com 38.854 ocorrências. Esse crescimento, segundo a empresa, está ligado ao maior volume de compras no ano passado.
A pesquisa mostra também que 62% dos crimes com transações financeiras fraudulentas correspondem à Região Nordeste. Depois, empatadas, aparecem as regiões Norte e Centro-Oeste (32%), seguidas por Sudeste (11,2%) e Sul (3,7%).
Os principais alvos de ataques virtuais na época analisado foram objetos como games, notebooks, roupas, celulares, sapatos e acessórios. Já os produtos de beleza e saúde, eletroportáteis, eletrodomésticos, utilidade doméstica e brinquedos foram os que sofreram menos ataques, segundo a ClearSale.
Falta delegacia
Diariamente, de acordo com o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Jaime de Paula Pessoa Linhares, o órgão registra uma média de quatro ocorrências relacionadas à fraude online. O delegado explica que os golpes tendem a crescer com a chegada do Natal, época marcada pelo consumo.
Na opinião de Linhares, a inexistência de uma delegacia especializada em crimes cibernéticos no Ceará dificulta o trabalho da Polícia Civil, que atende a várias outras demandas.
“É difícil achar o infrator. A gente precisa de um laboratório específico, com policiais treinados para esse tipo de delito, além de um convênio com a Polícia Federal. A rede de vítimas é muito grande”, afirma, informando que vários Estados brasileiros, como Rio de Janeiro e Pernambuco, possuem essas delegacias.
A ClearSale considera como ataque tanto a tentativa de fraude quanto a fraude consumada. Em 2010, por exemplo, a média foi de 15 ataques para cada 100 compras na Internet. Em 2009, a média era de 25 ataques.
Em agosto deste ano, o piloto cearense Walder Aguiar, 49 anos, utilizou o cartão de crédito para comprar passagens aéreas. Tudo foi feito facilmente pelo site da companhia. No mês seguinte, a fatura revelou a compra de mais seis passagens e uma dívida de R$ 4.500.
Imediatamente, ele ligou para a operadora do cartão, que desconsiderou o valor cobrado. “Nunca fui fã de compras pela Internet, não acho seguro. Agora, depois do que aconteceu, evito ao máximo”, destaca.
Denúncias
4 ocorrências de fraudes online são registradas por dia em Fortaleza, segundo o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações, Jaime de Paula
Cuidados
1. Sites confiáveisProcure no site a identificação da loja (razão social, CNPJ, endereço, telefone e outras formas de contato além do e-mail). Redobre seus cuidados quando o site exibir como forma de contato apenas um telefone celular
2. SegurançaSomente forneça seus dados em sites com endereço iniciado pela sigla “https” e que exiba, no canto direto inferior da tela, um ícone em forma de cadeado, indicação de que o fornecedor possui mecanismos de proteção do cadastro
3. ProteçãoInstale programas de antivírus e o firewall (sistema que impede a transmissão e/ou recepção de acessos nocivos ou não autorizados) e os mantenha em seu computador
4. Prevenção Nunca realize transações on-line em lan houses ou computadores públicos, pois podem não estar protegidos. Troque periodicamente a sua senha do Internet banking e de sites de comércio eletrônico
Raone SaraivaEspecial para Cidade/DN
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