“Construímos nossa identidade sobre um substrato cultural que é de todos e de ninguém. Como o nosso corpo, sob o ar. Poderia eu dizer que sou proprietário da minha identidade? Fosse assim, e se assim também o for para todos, cada um poderia ditar regras sobre a disponibilidade da sua identidade, sendo a mesma propriedade sua. Fosse assim, qualquer criminoso poderia, consequentemente, revogar o direito de uso da sua identidade em sentenças judiciais condenatórias. E, vedada a identificação de autoria de crimes não haveria crimes, já que os autores dos crimes, não permitiriam que seus nomes fossem disponibilizados em sentenças judiciais condenatórias, o que nos levaria de volta às cavernas. Portanto, nem tudo que só existe no mundo dos símbolos deve necessariamente ser objeto do conceito de propriedade. A menos que estejamos dispostos a aceitar as conseqüências, que serão o retorno à barbárie. (...)”
Prof. Pedro Antônio Dourado de Rezende
Postado por Decifras
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