A resposta do presidente do Senado Federal José Sarney sobre o policial que usou uma arma de choque contra um estudante que protestava contra o novo Código Florestal foi o afastamento do policial, nesta terça-feira (8).
Em nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado (Secs), informou que Sarney considerou o ocorrido como “lamentável” e pediu para que o fato seja apurado nos próximos 15 dias pela Diretoria-Geral da Casa.
O policial legislativo usou uma arma de choque conhecida como taser para imobilizar o manifestante dentro do edifício do Congresso Nacional. O jovem que protestava contra o novo Código Florestal. Sarney exigiu que os "lamentáveis acontecimentos" sejam apurados no prazo de 15 dias.
Até a conclusão das investigações o policial legislativo ficará afastado de suas funções, conforme a nota. O presidente do Senado reforçou que “jamais tolerará violência ou qualquer tipo de abuso contra aqueles que se dirigem à Casa para defender suas idéias democraticamente”, em nota.
Já a Polícia do Senado negou que tenha agido com excesso ao conter manifestantes contrários à aprovação do novo Código Florestal nesta terça-feira (8). O diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, afirmou que as ações dos policiais foram legítimas, no sentido de proteger parlamentares, servidores, o público que assistia à votação e o patrimônio do Senado.
Carvalho negou que o estudante tenha desmaiado, após a ação do policial. Segundo o diretor, um jovem identificado apenas como Rafael se excedeu durante os protestos, recebeu voz de prisão e jogou-se no chão fingindo estar desacordado.
Os policiais conduziram o jovem para a saída quando, perto dos elevadores, o estudante tentou fugir dando chutes e pontapés, informou o diretor. Neste momento, de acordo com Carvalho, o policial usou a pistola.
O jovem se recusou a fazer um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal ou abrir representação contra qualquer policial, conforme Carvalho. O estudante foi ouvido pela Polícia do Senado.
A ação. O diretor da Polícia do Senado Pedro Ricardo Araújo Carvalho afirmou que os manifestantes entraram no prédio em "efeito formiga" e que se aglomeraram na Ala Alexandre Costa, onde os senadores das comissões de Agricultura (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT) votavam a reforma do Código Florestal. No fim da votação, os estudantes teriam tentado colar cartazes em paredes do local, sendo impedidos pelos policiais.
Atualizada às 20h21.
COM AGÊNCIA SENADO
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