Família entrou com ação contra agência em que empresário foi morto.
Vigilante confessou o crime e é considerado foragido da Justiça.
Filha do empresário afirma que imagens do crime
'dão náusea'. (Foto: Ericksen Vital / G1)
'dão náusea'. (Foto: Ericksen Vital / G1)
Uma semana antes de ser assassinado, o empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, de 73 anos, denunciou que era constantemente barrado na porta giratória da agência do Banco Itaú, na Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá, conforme consta no inquérito policial do caso que o G1 teve acesso.
Na ocasião, Adriano disse à gerência do banco que era impedido de entrar no local pelo segurança Alexsandro Abilio de Farias, 28 anos, que aparece nas imagens do circuito interno matando a tiros o empresário. O vigia é considerado foragido pela Justiça de Mato Grosso.
O advogado Janoni Pereira, que defende o ex-vigilante, disse em entrevista ao G1 que o suspeito pretende se apresentar em outra oportunidade quando passar o “clamor do público”. Ele disse que o vigilante está com medo de sofrer represália e que assim que for feita a denúncia do Ministério Público deverá prestar informações em juízo.
O crime
“A maior revolta foi saber que isso poderia ter sido evitado. Se o banco tivesse levado a sério a reclamação de um cliente de 30 anos, isso não teria acontecido. Meu pai estaria vivo”, reclamou a filha do empresário, a psicóloga Stephania Lodi Maryssael de Campos, em entrevista ao G1. "As imagens me revoltaram muito. Me dá uma espécie de desespero. Uma náusea. Não dá para explicar. É horrível. A vontade que tenho é de voltar no tempo e dizer 'pai não entre aí'”, indignou-se. Para a família, o crime foi premeditado.
A filha do empresário disse que a família já entrou com uma ação na Justiça pedindo indenização ao banco. “Entramos com uma ação de indenização por danos materiais e morais”, comentou o advogado da família, Flávio Alexandre Bertin.
Últimos momentos
As imagens me revoltaram. A vontade que tenho é de voltar no tempo e dizer 'pai não entre aí'"
Stephania de Campos, filha do empresário
Nesse instante, o vigia se aproxima e libera a porta-giratória. Porém, o empresário estava apenas com uma folha de papel na mão. Por ter sido barrado, as imagens mostram que ele faz um gesto com a mão para o vigia. Momento em que supostamente o empresário teria ofendido o funcionário e seguiu em direção ao balcão de atendimento.
O circuito interno de segurança revela ainda que a vítima permaneceu por 14 minutos dentro da agência. Depois de ser atendido, Adriano vai a um caixa eletrônico e paga algumas contas. Após realizar as operações bancárias, o empresário tenta sair do estabelecimento mas não consegue, porque novamente a porta é travada. O vigia então se aproxima da vítima e com um revólver em punho efetua os disparos.
Vigia que atirou contra empresário é considerado
foragido da Justiça. (Foto: Reprodução/TVCA)
foragido da Justiça. (Foto: Reprodução/TVCA)
O tiro fatal foi na cabeça da vítima. O vigia, como mostram as imagens, teve tempo de atirar no vidro para sair da agência. Já na avenida, o segurança consegue parar um motociclista que trafegava na pista e rouba o veículo para fugir.
O ex-segurança, de 28 anos, que confessou o crime e está foragido, foi indiciado por homicídio qualificado. O Ministério Público Estadual (MPE) já recebeu o inquérito policial, mas ainda não decidiu se irá oferecer denúncia contra o indiciado.
fonte: G1
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