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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Curso de 18 meses ensina técnica para esquentar vida sexual

Quem quer malhar por prazer já pode ir direto ao ponto: na última sexta-feira (13/1) foi inaugurada a primeira escola de pompoarismo do Brasil.
A técnica, que trabalha os músculos circunvaginais (veja ilustração abaixo), foi criada na Índia e desenvolvida no Japão e na Tailândia --onde mulheres fazem shows demonstrando habilidades como disparar bolas de pingue-pongue com a vagina.
Mas tem aplicações mais práticas, como turbinar a vida sexual. "Uma aluna já chegou ao orgasmo durante a aula", afirma Lu Riva, professora de pompoarismo e dona da escola pioneira.
"Busquei a técnica porque me disseram que, por meio dela, conseguiria chegar ao orgasmo --coisa que nunca tinha atingido", diz a advogada Carolina Degani, 26. Deu certo: "Uso mais para o meu prazer do que o do meu parceiro", conta.
Se é bom para as mulheres, para os homens pode ser ainda melhor. Adriano Riva, marido de Lu, conta que o pompoarismo mudou a vida sexual do casal. "Nunca tinha tido essa sensação antes."
A pompoarista pode, entre outras coisas, "estrangular" o pênis do homem. Quando ele está próximo de ejacular, veias na base de seu pênis começam a pulsar. Nesse momento, a mulher pode fechar o primeiro anel vaginal com força, retardando o gozo masculino, uma forma de intensificar o prazer.
A mulher pode também torcer, sugar, pulsar, massagear, morder, expulsar, prender ou beijar o pênis. Sim, beijar. A contração do segundo anel na glande do pênis produz a sensação de um beijo no local. Como um sexo oral, mas com a vagina.
INTENSIVO
A nova escola oferece, pela primeira vez por aqui, a formação extensiva e completa na técnica. São, ao todo, três módulos --básico, intermediário e avançado-- de seis meses cada. As aulas, semanais, duram 50 minutos e podem ser individuais ou em grupos de até oito mulheres.
Com 20 dias de treino, em média, os primeiros resultados são sentidos. Nem tudo é tão rápido: para algumas manobras --como sugar um pênis-- são necessários de oito meses a um ano de treino.
Sem tempo hábil para realizar um curso completo, a reportagem suou a calça legging em um intensivão de três horas de pompoarismo.
Para as aulas, é preciso ir com roupa de tecido colante, para que a professora veja os músculos se contraindo. Sem nudez, sem contato físico.
A prática é feita em uma sala comum, com colchonetes no chão. Seria um exercício como outro qualquer se a professora não pedisse, a cada movimento, "menos abdome e mais vagina".
A primeira aula ensina a localizar os anéis, fechá-los e abri-los. O começo é difícil --afinal, são músculos internos. Para ajudar, Lu pede que a repórter rebole, dance, jogue as mãos para cima para descontrair e, quando nada disso funciona, que repita "vagina, vagina, vagina" --como um mantra, para ajudar na concentração. No final, dá tudo certo.
A respiração é fundamental para fazer os movimentos e ajuda a encontrar cada ponto. Pompoarismo exige, basicamente, consciência corporal. Depois, é necessário tempo. E prática. "Cansou, né?", pergunta Lu ao fim da aula, quando nenhum músculo parece querer se contrair.
Acessórios não são obrigatórios, mas aceleram o processo. Um vibrador ajuda a despertar a musculatura. Já a Ben-Wa --duas bolas ligadas por um cordão-- ajuda na força: coloca-se metade de uma bola dentro da vagina e deve-se puxar a outra metade. Tudo com a força dos músculos circunvaginais.

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