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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Servidores municipais em estado de greve


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FOTO: JOSÉ LEOMAR
Conforme o Sindifort, existem cerca de 25 mil servidores da Prefeitura com os benefícios de anuênios e quinquênios atrasados
Dentre os pedidos dos funcionários, estão o reajuste salarial de 20% e o pagamento de abono de 40% do 13º salário

Após quatro rodadas de negociação, as nove entidades que compõem o Fórum Unificado dos Servidores e Empregados Municipais, coordenado pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), decidiram ontem, em assembleia geral, realizada na Praça do Ferreira, decretar o estado de greve da categoria.

Os sindicalistas não veem por parte da Prefeitura interesse em atender às reivindicações. Até o momento, a PMF antecipou a data base da categoria que passou de 1º de maio para 1º de janeiro de cada ano. A Prefeitura apresentou calendário para pagamento de três anuênios atrasados, comprometendo-se a discutir no mês de junho os demais pendentes do governo Luizianne Lins. Não houve avanço nos demais pleitos dos servidores do Município.

No que se refere à questão salarial, os funcionários reivindicam um reajuste de 20%. Esse índice engloba a recomposição do poder aquisitivo do período de maio/2008 a dezembro/2011 mais ganho real. Além do reajuste de 20% sobre o vencimento base, os servidores querem ainda o pagamento para todas as categorias de um abono de 40% do 13º salário que foi pago somente aos professores em 2011. A proposta é que seja parcelado com 20% inclusos na folha de fevereiro e 20% na folha de março.

Além do reajuste salarial, a pauta de reivindicação dos servidores possui mais 22 cláusulas tratando de questões diversas. Uma das mais importantes diz respeito à implantação e ao pagamento dos anuênios e quinquênios atrasados. Conforme levantamento do Sindifort, existem cerca de 25 mil servidores com estes benefícios em atraso. Os funcionários questionam ainda o inchaço da máquina municipal com a terceirização e a falta de concursos públicos.

Na última negociação ocorrida na terça-feira, o chefe de gabinete da Secretaria de Administração, Erismar Silva, manteve a proposta do reajuste de 3,1%, a título de reposição da inflação do período de maio a dezembro de 2011, acrescentando apenas complementação para vencimentos daqueles servidores que ganham menos de R$ 622,00, valor do salário mínimo, o que não representa conquista, uma vez que isso é assegurado por lei.

Com o estado de greve, ocorrerão assembleias setoriais que deverão referendar as deliberações aprovadas e fortalecer a mobilização. No dia 26, acontece nova rodada de negociação. No dia 9 de fevereiro, os servidores paralisarão as atividades e realizarão nova assembleia gera na Câmara Municipal.

Até o fechamento desta edição, a reportagem tentou contato com a Secretaria de Administração, mas os telefones estavam desligados.


fonte: DN

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