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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Piscicultores de Rondônia investem em pirarucu de cativeiro


Intenção é atender exigências de uma portaria que permite a exportação.
Criadores de Rondônia desejam conquistar novos mercados.




O pirarucu é o maior peixe de escama de água doce. Pode passar de duzentos quilos. De carne nobre, é considerado o bacalhau da Amazônia.
Ameaçado de extinção, não pode ser pescado na região. A produção em cativeiro é uma alternativa para manter e melhorar a espécie. Hoje são 30 criadores, que garantem de 300 a 400 toneladas do pescado ao ano. Uma luta que vem desde 1988.
E foi justamente por causa da tradição nesse tipo de criação, que Rondônia é o único estado brasileiro a receber autorização para exportar o pirarucu de cativeiro.
O Ministério da Pesca publicou no mês passado uma instrução normativa que regulariza o comércio para qualquer país.
Mas a normativa faz uma série de exigências, que os criadores de Rondônia têm até 90 dias para cumprir.
A principal delas é a comprovação da origem do peixe, trabalho que começou a ser feito na região de Primavera de Rondônia, centro sul do estado. Chips com números de identificação serão colocados nas matrizes. É preciso a força de vários homens para conseguir passar a rede no tanque e lá vêm os bichões ariscos.
O chip é introduzido é funciona como uma certidão de nascimento do animal.
O piscicultor Carlindo Filho corta ainda uma amostra da cauda, que será levada para laboratório para fazer o mapeamento do DNA.
As centrais de reprodução são a parte principal da cadeia produtiva do pirarucu. Existem quatro como esta em Rondônia. Para esses tanques são trazidos os peixinhos, assim que passam da fase de alevinos. Aqui recebem ração especial e todos os cuidados necessários. Quando atingem 20 centímetros estão prontos para voltar ao criador e entrar na segunda fase, a de engorda. Um período de noventa dias.
Só depois de um ano estão prontos para serem comercializados. Quando chegam a 12 quilos.
Pequenos e grandes produtores do estado estão se organizando para aumentar a produção e melhorar a qualidade do peixe para ser vendido. Mercado para ele não falta. Estados unidos, Alemanha e Japão querem o peixe nobre da Amazônia.


fonte: G1/Globo Rural

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