Bom exemplo.Aos 50 anos, Lísia faz aulas de dança de salão e de pilates e não descuida da alimentação, com carne branca e muita salada
A imagem do médico Jeffry Life, que, aos 69 anos, carrega cabelos brancos e um corpo musculoso, ilustra os anúncios de uma clínica em Las Vegas (EUA) especialista em "gerenciamento de idade". O anúncio diz que ele retarda o envelhecimento com o GH - hormônio do crescimento -, o que seduz até os mais incrédulos.
A substância - que tem indicação médica para tratar distúrbios como o nanismo - é ministrada em alguns consultórios médicos pelo mundo e no Brasil, inclusive em Minas Gerais, para aumentar músculos e retardar o envelhecimento. É o que vem sendo chamado de medicina antiaging (ou antienvelhecimento).
No entanto, especialistas brasileiros alertam que o GH aumenta os riscos de cânceres, diabetes e doenças cardíacas. "Por mais que alguns benefícios estéticos sejam alcançados com o uso (do GH), os efeitos colaterais são inaceitáveis", ressalta o médico endocrinologista Ricardo Barsaglini da Silva Leite, secretário adjunto da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - regional Minas Gerais.
Funcionamento. De forma natural, o hormônio do crescimento é fundamental durante o desenvolvimento da criança até a fase adulta, explica Leite. "No adulto, o GH mantém uma função importante como coadjuvante no controle do metabolismo e na manutenção da massa magra. Na população humana, ocorre uma redução gradual dos níveis ao longo do envelhecimento", diz ele, destacando que a suplementação do hormônio é indicada "apenas nos casos de deficiência, valores muito baixos ou ausência" do hormônio.
Sem milagre. "O GH não aumenta a expectativa nem a qualidade de vida. Ganhar músculos não é retardar o envelhecimento", ressalta o geriatra Flávio Chaimowicz, professor associado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os médicos destacam que não existe fórmula mágica. "Parar o tempo é impossível. Para envelhecer melhor fisicamente e com qualidade de vida, é preciso ter uma alimentação saudável, praticar exercícios regularmente desde a juventude, não fumar, ter uma rotina de trabalho adequada e momentos de lazer", diz Leite.
Os bons hábitos são seguidos pela gerente de recursos humanos Lísia Beraldo, 50, que sempre gostou de exercícios físicos. "Faço aulas de dança de salão e de pilates", diz ela, que se alimenta bem, dando preferência a carnes brancas, salada e frutas.
"Envelhecer bem é estar bem no presente com você. E é lógico que isso depende de estar bem de saúde", diz a bailarina da Companhia de Dança Palácio das Artes e médica ginecologista Lina Lapertosa, 58, que nunca fez intervenções estéticas e tem orgulho de falar a idade. Além da dança e da musculação, ela segue uma alimentação balanceada, não fuma e bebe apenas socialmente.
A substância - que tem indicação médica para tratar distúrbios como o nanismo - é ministrada em alguns consultórios médicos pelo mundo e no Brasil, inclusive em Minas Gerais, para aumentar músculos e retardar o envelhecimento. É o que vem sendo chamado de medicina antiaging (ou antienvelhecimento).
No entanto, especialistas brasileiros alertam que o GH aumenta os riscos de cânceres, diabetes e doenças cardíacas. "Por mais que alguns benefícios estéticos sejam alcançados com o uso (do GH), os efeitos colaterais são inaceitáveis", ressalta o médico endocrinologista Ricardo Barsaglini da Silva Leite, secretário adjunto da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - regional Minas Gerais.
Funcionamento. De forma natural, o hormônio do crescimento é fundamental durante o desenvolvimento da criança até a fase adulta, explica Leite. "No adulto, o GH mantém uma função importante como coadjuvante no controle do metabolismo e na manutenção da massa magra. Na população humana, ocorre uma redução gradual dos níveis ao longo do envelhecimento", diz ele, destacando que a suplementação do hormônio é indicada "apenas nos casos de deficiência, valores muito baixos ou ausência" do hormônio.
Sem milagre. "O GH não aumenta a expectativa nem a qualidade de vida. Ganhar músculos não é retardar o envelhecimento", ressalta o geriatra Flávio Chaimowicz, professor associado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os médicos destacam que não existe fórmula mágica. "Parar o tempo é impossível. Para envelhecer melhor fisicamente e com qualidade de vida, é preciso ter uma alimentação saudável, praticar exercícios regularmente desde a juventude, não fumar, ter uma rotina de trabalho adequada e momentos de lazer", diz Leite.
Os bons hábitos são seguidos pela gerente de recursos humanos Lísia Beraldo, 50, que sempre gostou de exercícios físicos. "Faço aulas de dança de salão e de pilates", diz ela, que se alimenta bem, dando preferência a carnes brancas, salada e frutas.
"Envelhecer bem é estar bem no presente com você. E é lógico que isso depende de estar bem de saúde", diz a bailarina da Companhia de Dança Palácio das Artes e médica ginecologista Lina Lapertosa, 58, que nunca fez intervenções estéticas e tem orgulho de falar a idade. Além da dança e da musculação, ela segue uma alimentação balanceada, não fuma e bebe apenas socialmente.
Uso também para definir músculos
O uso do hormônio GH é comum, também, por parte do público jovem que quer definir a musculatura. O profissional de educação física Felipe Silva, 26, faz tratamento há três anos com um endocrinologista, que receitou a dosagem para a definição da massa muscular.
"Usei uma caneta (de injeção) com a dosagem certa. Fiz três vezes, sendo a primeira por três meses; depois, por quatro meses e, depois, por dois meses", conta sobre os períodos em que fazia as aplicações diárias no abdômen ou na coxa. Segundo ele, o GH também aumentou a queima de gordura.
Silva afirma que sabe dos possíveis efeitos colaterais futuros. "Faço exames a cada dois meses e o uso que faço não é prolongado. Como na minha família quase não tenho grupo de risco, não me preocupo tanto. Só vou saber desse risco em 20, 30 anos", conta. Segundo Silva, uma caneta para aplicações durante duas semanas, em média, custa entre R$ 800 e R$ 1.200.
otempo
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