A atriz Isabel Cavalcanti nunca tinha dirigido uma peça de teatro até que Sergio Britto foi assistí-la em Fim de partida, de Samuel Beckett, em 2007 - espetáculo que o ator encenou em 1970, dirigido por Amir Haddad. O ator gostou do que viu e a convidou para participar de seu programa "Arte com Sergio Britto", na TV Cultura. Com a entrevista no ar, Sergio convidou Isabel para dirigí-lo em "A última fita de Krapp/Ato sem palavras 1", outra obra do dramaturgo irlandês.
"É claro que aceitei na hora, mas não achei que fosse realmente acontecer", lembra Isabel. "Mas logo depois do programa ele me ligou dizendo que estava falando sério e já quis marcar os ensaios".
A peça rendeu vários prêmios ao ator em 2009, inclusive o Faz Diferença, do GLOBO.
"Sergio era um verdadeiro operário do teatro. Isso ficou muito claro para mim quando começamos a trabalhare vi que ele nunca se colocou como ′o ícone do teatro Sergio Britto`. Foi muito bonito ver essa paixão dele pelo ofício de ator. Não era uma balela, era genuíno. Sem o teatro, a vida dele não tinha sentido".
De acordo com Isabel, desde que trabalharam juntos, ela e Sergio estabeleceram uma relação muito próxima, e a atriz esteve acompanhando o ator desde março, quando uma hemorragia cerebral o debilitou mais seriamente. O delicado estado de saúde de Sergio acabou inviabilizando outro projeto no qual os dois estavam trabalhando: a montagem da peça O canto do cisne, de Anton Tchekhov, que era para ter estreado em setembro.
"Desenvolvemos uma relação de afeto muito grande, tínhamos um respeito mútuo", diz.
Os laços estreitos permitiram que Isabel começasse a filmar Sergio nos bastidores de "A última fita de Krapp/Ato sem palavras 1", em 2009, e continuasse com as gravações até hoje - as últimas imagens são de julho. O registo vai virar um documentário sobre o ator em sua intimidade, e está previsto para ser lançado no primeiro semestre do ano que vem, com o título provisório de "O homem das mil fábulas".
O amigo Miguel Falabella também lamentou a perda:
"Um homem que viveu o teatro como ele viveu, é um homem que merece um aplauso eterno. Sem dúvida alguma o veículo do Sergio sempre foi o teatro e ele proclamou esse amor até o fim. Obviamente o teatro não vai abandoná-lo nunca, porque o teatro não abandona aqueles que o viveram tão intensamente".
"É claro que aceitei na hora, mas não achei que fosse realmente acontecer", lembra Isabel. "Mas logo depois do programa ele me ligou dizendo que estava falando sério e já quis marcar os ensaios".
A peça rendeu vários prêmios ao ator em 2009, inclusive o Faz Diferença, do GLOBO.
"Sergio era um verdadeiro operário do teatro. Isso ficou muito claro para mim quando começamos a trabalhare vi que ele nunca se colocou como ′o ícone do teatro Sergio Britto`. Foi muito bonito ver essa paixão dele pelo ofício de ator. Não era uma balela, era genuíno. Sem o teatro, a vida dele não tinha sentido".
De acordo com Isabel, desde que trabalharam juntos, ela e Sergio estabeleceram uma relação muito próxima, e a atriz esteve acompanhando o ator desde março, quando uma hemorragia cerebral o debilitou mais seriamente. O delicado estado de saúde de Sergio acabou inviabilizando outro projeto no qual os dois estavam trabalhando: a montagem da peça O canto do cisne, de Anton Tchekhov, que era para ter estreado em setembro.
"Desenvolvemos uma relação de afeto muito grande, tínhamos um respeito mútuo", diz.
Os laços estreitos permitiram que Isabel começasse a filmar Sergio nos bastidores de "A última fita de Krapp/Ato sem palavras 1", em 2009, e continuasse com as gravações até hoje - as últimas imagens são de julho. O registo vai virar um documentário sobre o ator em sua intimidade, e está previsto para ser lançado no primeiro semestre do ano que vem, com o título provisório de "O homem das mil fábulas".
O amigo Miguel Falabella também lamentou a perda:
"Um homem que viveu o teatro como ele viveu, é um homem que merece um aplauso eterno. Sem dúvida alguma o veículo do Sergio sempre foi o teatro e ele proclamou esse amor até o fim. Obviamente o teatro não vai abandoná-lo nunca, porque o teatro não abandona aqueles que o viveram tão intensamente".
Da agência O Globo
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