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sábado, 17 de dezembro de 2011

Um país contra uma enfermeira

Enfermeira de Goiás enspanca covardemente um cão Yorkshire. Animal morreu em decorrência das pancadas

Uma enfermeira de 22 anos protagonizou cenas chocantes de maus-tratos contra seu animal de estimação, um cachorro da raça yorkshire, em Formosa, cidade goiana a 80 km de Brasília. Camilla Correa Alves de Moura Araújo dos Santos espancou o pequeno cão na frente da filha, de 3 anos, no apartamento da família. Toda a agressão, que culminou na morte do animal dois dias depois, foi gravada por um vizinho e resultou na abertura de um inquérito policial, além de enorme repercussão no país. A enfermeira deve ser indiciada por crime ambiental e por expor a criança a constrangimento, considerado crime pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Apesar de a agressão ter acontecido no dia 13 de novembro, quando a polícia recebeu um DVD com a imagens, há dois dias o vídeo foi colocado na internet. As imagens duram 3m26s e mostram Camilla chutando o animal em várias lugares do corpo, inclusive na cabeça. Um dos golpes chega a arremessá-lo. A mulher age calmamente, sem gritar. A criança assiste a toda a cena em um canto da varanda e parece assustada com o que vê. O cachorro de cerca de 2 anos é de pequeno porte e sua raça alcança no máximo 5kg. O animal tenta escapar das agressões, mas é apanhado novamente e submetido a outros golpes. Agonizante, trêmulo e em evidente sofrimento, o cão é aprisionado em um balde virado para baixo.

Após tomar conhecimento do conteúdo do vídeo, a Polícia Civil deslocou uma equipe ao apartamento. Os agentes de segurança encontraram o animal ainda vivo e o encaminharam para um hospital veterinário da Prefeitura de Formosa, mas os ferimentos foram graves demais e dois dias depois o yorkshire morre. Quem assiste à barbárie dificilmente consegue acreditar no que afirma o perfil da enfermeira no Twitter: “Sou uma pessoa tranquila, amo meu maridão, meus filhos e meus cachorrinhos. Enfermeira por amor”.

Camilla chegou a ir até o Ciops e esperava assinar apenas um Termo Circunstanciado, conforme relata o delegado Carlos Firmino. A pena para maus-tratos de animais no Brasil é branda e prevê detenção de três a seis meses ou multa, sendo a sentença aumentada em um sexto se o animal morrer. Mas, como toda a ação se desenrola na presença de uma criança, para os policiais a enfermeira infringiu o Art. 232 do ECA, que considera crime a exposição de um menor de idade a constrangimento e vexame.

Cenas chocantes:

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