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domingo, 4 de dezembro de 2011

Do "inferno" rumo ao penta

Cariocas e paulistas mostram igualdade além das quatro linhas, superando adversidades
São Paulo. Corinthians e Vasco podem se tornar hoje os times que menos tempo levaram entre serem rebaixados e campeões brasileiros. O time paulista caiu em 2007. O carioca, em 2008. Ambos foram campeões da Série B no ano seguinte à queda, sem grandes sustos.
Das nove combinações possíveis de resultados de hoje, oito são favoráveis ao Corinthians. O Vasco só ganha o título se superar o Flamengo e no caso de o Palmeiras triunfar no Pacaembu.

O Corinthians não terá três de seus jogadores mais importantes para tentar conquistar o pentacampeonato brasileiro. O volante Ralf, o meia Danilo e o atacante Emerson, suspensos, não jogam. Serão substituídos, respectivamente, por Wallace, Alex e Jorge Henrique.

Treinadores. A noite de 2 de fevereiro de 2011 foi decisiva para dois homens e dois times de futebol. No Rio de Janeiro, o Vasco acertou a contratação de Ricardo Gomes para substituir Paulo César Gusmão. Em Ibagué, na Colômbia, onde o Corinthians acabara de ser eliminado da Libertadores, o presidente Andrés Sanchez contrariou até seus aliados mais próximos e bancou a permanência de Tite.

A novidade no Rio e a continuidade em São Paulo geraram resultados positivos nas duas pontas da Dutra. O Vasco virou um time sob o comando de Ricardo Gomes. Chegou à final da Taça Rio (segundo turno do Estadual), e só foi derrotado pelo Flamengo nos pênaltis.

O Corinthians voltou despedaçado da Colômbia. Mas "lambeu as feridas" como gosta de dizer Tite, e ganhou do Palmeiras por 1 a 0. Sem Ronaldo e Roberto Carlos, o técnico corintiano armou um time solidário, e perdeu o Campeonato Paulista para o Santos de Neymar.

No Brasileiro, o Corinthians exibiu o mesmo futebol austero, de defesa sólida e criatividade a conta-gotas. Liedson é o artilheiro do time na competição, com 12 gols, atrás de outros nove atletas de outros times. Não há laterais, meias ou atacantes entre os indicados para o prêmio de melhores do Brasileiro da CBF - só o goleiro Júlio César, o zagueiro, Leandro Castán, os volantes Ralf e Paulinho. E o técnico.

Drama. Ricardo Gomes encontrou terra arrasada quando chegou ao Vasco. Carlos Alberto e Felipe, ídolos, estavam brigados com a diretoria e a torcida. O primeiro foi despachado para o Grêmio, o segundo acabou reintegrado.

O treinador soube acomodar astros veteranos, como Juninho Pernambucano, e jovens promessas, como Bernardo. Nenhum dos dois joga sempre e ambos ficam até no banco, sem se queixar. Com Ricardo Gomes, o Vasco mostrava fome incomum a times que ganham a Copa do Brasil (ou a Libertadores) no primeiro semestre.

O time já era o quarto na classificação quando enfrentava o Flamengo, na última rodada do primeiro turno. Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) e foi operado às pressas. Ficou 21 dias internado e se recuperou.
Sócrates é internado em estad grave
São Paulo. O único boletim médico, divulgado ontem de manhã pelo hospital Albert Einstein, em São Paulo, indicava que o estado de saúde do ex-jogador Sócrates, 57, era grave. O ídolo do Corinthians, sua mulher e um amigo se sentiram mal na noite de ontem após comerem em um evento. Logo em seguida, Sócrates, que sofreu infecção intestinal causada por intoxicação alimentar, acabou sendo conduzido ao hospital.

Segundo o boletim divulgado, Sócrates respirava por aparelhos na UTI e apresentava choque séptico – infecção no sangue por bactérias – de origem intestinal.
Esperança
O torcedor vascaíno não precisa fazer contas para saber o que seu time necessita para conquistar o título. Com dois pontos a menos que o rival paulista, o Vasco precisa vencer o Flamengo e torcer por uma derrota do Corinthians. Mesmo vencendo o rubro-negro, o penta só vai para São Januário nestas condições. Isso porque o Timão tem duas vitórias a mais e, empatando com o Palmeiras, leva vantagem no critério e o penta vai para o Parque São Jorge.

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