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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Simplesmente lamentável


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REUTERS
Confusão generalizada começou logo após invasão de torcedores do Al Masry
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Dos mais de mil feridos no triste episódio que aconteceu ontem, no Egito, cerca de 150 estão em estado grave, com concussões ou cortes profundos
Em partida realizada no Egito, torcedores iniciam ´guerra´ no campo e, pelo menos, 73 pessoas morrem

Ao fim de uma partida de futebol em Port Said, no Egito, pelo menos 73 pessoas morreram e outras mil ficaram feridas, depois que centenas de torcedores invadiram o campo. "O que ocorreu é lamentável e profundamente triste. É o pior desastre do futebol no Egito", disse Hesham Sheiha, vice-ministro da Saúde.

Torcedores do time local, o Al Masry, invadiram o gramado logo depois da vitória de 3 a 1 sobre o Al Ahly, principal time do país e seu rival histórico. Segundo relatos, os torcedores começaram a atirar pedras, cadeiras, fogos e garrafas nos fãs rivais e chegaram a ferir alguns atletas. Na confusão, os jogadores correram para os vestiários para tentar se abrigar.

De acordo com Helmy Ali al Atny, funcionário do Ministério da Saúde, a maioria das pessoas morreu após sofrer fraturas na cabeça, hemorragias internas e quedas das arquibancadas. Dos feridos, ao menos 150 estão em estado grave, com concussões e cortes profundos.

"Vi gente morrer"

Treinador do Al Ahly, o português Manuel José disse que levou socos e pontapés e viu gente morrer. "Vi vários torcedores serem atendidos e muita gente morrer. Muitos deles morreram dentro de nosso vestiário, para onde fugiram para serem atendidos, mas acabaram não resistindo", disse, lembrando que alguns torcedores estavam no campo desde o início da partida.

O brasileiro Fábio Junior dos Santos, 29, foi o autor do primeiro gol do jogo que terminou em tragédia. O atacante sergipano, do Al Ahly, marcou aos 11min do primeiro tempo.

Alarmante
73 pessoas morreram, ontem, no estádio em Port Said, segundo autoridades egípcias. Esta é, pelo menos, a quarta pior tragédia da história do futebol

Tragédias não são raras no futebol
A ´guerra´ de ontem não foi a primeira nem a maior tragédia do futebol. Em 1964, Peru enfrentava a Argentina, pelo Torneio Pré-Olímpico, em Lima, quando o árbitro anulou um gol dos donos da casa. A atitude causou revolta nos torcedores, que eram mais de 54 mil. A Polícia agiu, e, no tumulto foram 318 mortos e mais de 500 feridos.

Em 2001, durante a partida entre Hearts of Oak e Kumasi Ashanti Kotoko, válida pelo Campeonato Ganês, uma briga entre torcedores e policiais provocou a morte de 126 pessoas, deixando 90 feridos.

Na partida entre Nottingham Forest e Liverpool, em 1989, no estádio Hillsborough, a Polícia abriu os portões e a multidão que entrou empurrou quem estava nas arquibancadas. O saldo da tragédia foi de 96 mortos e mais de 200 feridos.


fonte: DN

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