janela descendo

sábado, 28 de abril de 2012

Opção do Cearense - Concentração de motos é a maior do Nordeste


Clique para Ampliar
Para Kristoffeson, o veículo é mais prático para enfrentar engarrafamentos
FOTO: DIVULGAÇÃO
Clique para Ampliar
Mais de 580 mil residências cearenses contavam com motocicletas na garagem em 2010
Em 2010, segundo o Censo do IBGE, um de cada quatro domicílios no Ceará tinha uma moto. É a mais alta incidência (25%) entre os estados nordestinos. Em números absolutos, eram 580.764 residências com motocicleta na garagem, atrás apenas da Bahia, com 735.944 casas, e índice de concentração de 18%. Pela primeira vez na série histórica, a pesquisa levou em conta a quantidade de domicílios com motos. O número de casas com automóveis também foi computado, 449.857, no Estado.

Na opinião do gerente de Planejamento e Supervisão do IBGE no Ceará, Paulo Cordeiro Duarte, além da razão econômica, a preferência do cearense pelo veículo de duas rodas também tem um caráter cultural. "Antigamente, nós que acompanhamos a pesquisa, observávamos que em quase toda casa do Interior tinha uma bicicleta. Hoje, é uma moto. Na Capital, também a uma enxurrada delas", afirma.

Prática e econômica
A praticidade e a economia foram os aspectos preponderantes para que o representante comercial Kristoffeson Morais optasse pela moto como principal meio de transporte. Motociclista há vários anos, ele conta que utiliza a moto para trabalhar e que a economia gerada pelo veículo faz muita diferença no orçamento. "Em um dia andando de carro, eu gasto cerca de R$ 30,00. Já em uma semana inteira andando de moto, o gasto médio é de R$ 40,00. Assim, só uso o carro quando é realmente necessário", afirma Kristoffeson.

Ele acrescenta que a moto também contribui para uma locomoção mais rápida, uma vez que, por possuir um tamanho menor, consegue desviar de engarrafamentos. "São muitos carros hoje nas ruas. Isso dificulta muito a locomoção, pois o trânsito é muito grande. A praticidade da moto é muito maior", diz.

Outros bens
O levantamento também trouxe informações de outros tipos de bens duráveis. A televisão, por exemplo, estava presente em 94% dos lares (2,2 milhões de residências tinham); geladeira é o segundo item mais comum nas casas dos cearenses com 88% (2 milhões); o rádio aparecia em seguida com 79% (1,8 milhão); e máquina de lavar, com 17%, eram 407 mil domicílios com o eletrodoméstico.

Cômodos
O Censo 2010 também avaliou a quantidade mais comum de cômodos nos domicílios do Estado. Residências com 5 cômodos ficou em primeiro lugar no ranking (572.114 domicílios).

Já no critério de imóveis classificados por número de dormitórios estabeleceu-se no topo da lista as casas com dois dormitórios, totalizando 1.090.796. no Ceará, de acordo com as informações do IBGE.

507 mil casas sem telefone ainda
Mesmo com toda variedade de aparelhos celulares e as facilidades para se comprar um telefone, o Censo 2010 apontou que 507.720 domicílios, o mesmo que 21%, ainda não tinham telefone portátil nem fixo, no Estado. Uma surpresa para muitos analistas do mercado, especialmente porque no fim de dois anos atrás, época da realização da pesquisa, mais 7,7 milhões de aparelhos já tinham sido vendidos no Ceará. Atualmente, esse volume já está perto dos nove milhões, quando a população cearense é de 8,5 milhões.

Concentração

O estudo demonstra uma grande concentração de telefones em determinadas residências enquanto outras casas (de menor poder aquisitivo) não têm sequer uma linha fixa. O Censo 2010 também mostrou que cresceu o número de domicílios que dispensam o uso de linha fixa para ter apenas o celular (são 1.414.980) enquanto que somente telefone comum é opção de 44.919 casas.

O estudo também indicou que 397.482 de todos os domicílios cearenses, ou seja, 17%, preferem ter ambos os tipos de telefones. Ao todo, 1,8 milhão de casas no Ceará tinham algum tipo de telefone. Isso representa 79% dos lares cearenses.

Computadores
O Censo 2010 identificou que o Ceará tinha 454.311 domicílios com computador, sendo que em 348.228 deles havia internet. Fortaleza foi responsável pelo maior número de micros com acesso à rede mundial, com 213.931 computadores com acesso de um montante final de total de 259.239 máquinas.

Apesar de ainda um número muito reduzido, o Estado acompanhou o ritmo de crescimento brasileiro, que chegou a triplicar o número de computadores nos lares. Os aparelhos, no entanto, ainda não chegam à metade das casas - o índice de penetração é 38,3%, em média, dos quais 30,7% estão conectados à internet. De acordo com os dados do Censo 2010, a penetração dos computadores nos domicílios é maior no Sudeste, onde chega a 48% das casas, das quais 39,6%, têm acesso à rede.

Já nas regiões Norte e Nordeste, 22,7% e 21,2% das residências têm o aparelho, em que 15,4% e 16,8% do total têm acesso à internet, respectivamente. Esta foi a primeira vez que o Censo do IBGE pesquisou o acesso à internet no País.

DHÁFNE MAZZA/ILO SANTIAGO JR.REPÓRTERES

Nenhum comentário:

Postar um comentário

pág