Diz um antigo clichê do futebol que jogo entre Brasil e Argentina nunca é amistoso. E poucas vezes isso foi tão verdadeiro para a seleção quanto agora, nos dias que antecedem a partida marcada para sábado para o estádio MetLife, em Nova Jersey. Mano Menezes está preparando sua equipe para esse jogo como se estivesse prestes a disputar uma final de Copa do Mundo. E ele até que tem seus motivos para isso.
O técnico começou a série de quatro amistosos na Alemanha e nos Estados Unidos muito pressionado por causa da crônica falta de padrão de jogo de seu time, problema surgido assim que ele assumiu o comando da seleção, em 2010, e jamais solucionado.
Além disso, a troca de comando na CBF não ajudou o gaúcho, muito pelo contrário. José Maria Marin, o sucessor de Ricardo Teixeira, já colocou o técnico em situações embaraçosas, como quando vetou a convocação de Ronaldinho Gaúcho para os amistosos As vitórias sobre Dinamarca e Estados Unidos, partidas em que a seleção jogou bem, deram uma “folga” para Mano Menezes, mas a derrota para o México no último domingo o colocou sob pressão de novo.
Nesse cenário pouco amistoso para Mano Menezes, a partida contra a Argentina será mesmo decisiva. Uma derrota para o maior rival da seleção não deverá derrubá-lo, mas vai deixá-lo na corda bamba e dependendo da conquista da medalha de ouro em Londres para não cair. E manterá o incômodo rótulo de que seu time não ganha de adversários de primeiro escalão.
Nesta quarta-feira, Mano Menezes comandou no gramado da Universidade Rutgers um treino a portas fechadas. A imprensa não pôde registrar imagens da atividade, nem mesmo assisti-la - a entrada dos jornalistas só foi liberada a poucos minutos do fim, quando não havia mais nada de relevante para ser visto. Esse procedimento, absolutamente normal às vésperas de jogos decisivos, soa estranho quando se trata de um amistoso. E mais: o treino começou com mais de meia hora de atraso porque o treinador fez uma reunião com os jogadores para “lavar a roupa suja”.
Nessa reunião, Mano Menezes fez cobranças à equipe. Sem elevar o tom da voz, como é seu padrão, mas fez. Ele apontou os erros que a seleção cometeu no jogo contra o México e exigiu que eles não sejam repetidos no sábado. Para reforçar sua mensagem, o técnico exibiu um vídeo com imagens da vitória da Argentina por 4 a 0 sobre o Equador.
“Foi uma conversa para a gente melhorar, para a gente corrigir os erros cometidos contra o México”, disse o goleiro Rafael, tomando muito cuidado para não falar demais sobre a reunião. “Foi importante a gente ver como a Argentina joga”.
O treino marcado para esta quinta será aberto, mas certamente a seleção fará uma atividade leve, sem nada que possa servir de “munição” para os argentinos. Por mais que Mano Menezes diga que a partida de sábado será apenas um teste para a Olimpíada, suas atitudes indicam exatamente o contrário. Para ele, é tudo ou nada.
(Agência Estado)
O técnico começou a série de quatro amistosos na Alemanha e nos Estados Unidos muito pressionado por causa da crônica falta de padrão de jogo de seu time, problema surgido assim que ele assumiu o comando da seleção, em 2010, e jamais solucionado.
Além disso, a troca de comando na CBF não ajudou o gaúcho, muito pelo contrário. José Maria Marin, o sucessor de Ricardo Teixeira, já colocou o técnico em situações embaraçosas, como quando vetou a convocação de Ronaldinho Gaúcho para os amistosos As vitórias sobre Dinamarca e Estados Unidos, partidas em que a seleção jogou bem, deram uma “folga” para Mano Menezes, mas a derrota para o México no último domingo o colocou sob pressão de novo.
Nesse cenário pouco amistoso para Mano Menezes, a partida contra a Argentina será mesmo decisiva. Uma derrota para o maior rival da seleção não deverá derrubá-lo, mas vai deixá-lo na corda bamba e dependendo da conquista da medalha de ouro em Londres para não cair. E manterá o incômodo rótulo de que seu time não ganha de adversários de primeiro escalão.
Nesta quarta-feira, Mano Menezes comandou no gramado da Universidade Rutgers um treino a portas fechadas. A imprensa não pôde registrar imagens da atividade, nem mesmo assisti-la - a entrada dos jornalistas só foi liberada a poucos minutos do fim, quando não havia mais nada de relevante para ser visto. Esse procedimento, absolutamente normal às vésperas de jogos decisivos, soa estranho quando se trata de um amistoso. E mais: o treino começou com mais de meia hora de atraso porque o treinador fez uma reunião com os jogadores para “lavar a roupa suja”.
Nessa reunião, Mano Menezes fez cobranças à equipe. Sem elevar o tom da voz, como é seu padrão, mas fez. Ele apontou os erros que a seleção cometeu no jogo contra o México e exigiu que eles não sejam repetidos no sábado. Para reforçar sua mensagem, o técnico exibiu um vídeo com imagens da vitória da Argentina por 4 a 0 sobre o Equador.
“Foi uma conversa para a gente melhorar, para a gente corrigir os erros cometidos contra o México”, disse o goleiro Rafael, tomando muito cuidado para não falar demais sobre a reunião. “Foi importante a gente ver como a Argentina joga”.
O treino marcado para esta quinta será aberto, mas certamente a seleção fará uma atividade leve, sem nada que possa servir de “munição” para os argentinos. Por mais que Mano Menezes diga que a partida de sábado será apenas um teste para a Olimpíada, suas atitudes indicam exatamente o contrário. Para ele, é tudo ou nada.
(Agência Estado)
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