É MEU PEIXE!!!

A Tilápia é aproveitada ao máximo !

Pentecoste produz de almôndegas a peças de roupa

Almôndegas, hambúrgueres e croquetes de tilápia. É o que está sendo produzido por psicultores de Pentecoste, no Ceará. Tudo é aproveitado do peixe. Até o couro, que serve de matéria prima para o artesanato.

Símbolo das principais atividades locais
No município de Pentecoste, a 89 Km de Fortaleza, o peixe não é apenas um cartão postal, mas também uma das principais atividades econômicas. No Centro de Pesquisas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Denocs) são desenvolvidas tecnologias na criação em cativeiro da tilápia.
A espécie, de origem africana, foi trazida para o Brasil na década de 70, mas só em 2002, com a descoberta do potencial de aproveitamento desse peixe, virou fonte de pesquisas.

Os técnicos aceleram o processo de reprodução. Os ovos vão para a incubadora, onde ficam por até 48 horas. As larvas menores, ainda sem os órgãos reprodutores, passam pela tela e vão para a etapa de reversão de sexo. O objetivo é ter mais machos, que são maiores e mais pesados.

As larvas maiores são alimentadas no berçário até a fase adulta. Trabalho de seu Joselias Diniz, técnico agrícola do Dnocs, que trocou 15 anos de roça para se dedicar à psicultura.

Produção em larga escala
O centro produz cerca de 25 mil tilápias por dia. Cada milheiro custa R$ 50, os peixes reprodutores só são vendidos para quem deseja investir na psicultura.
Segundo o Dnocs, o Ceará é um dos maiores produtores do país, favorecido pelo clima quente e a temperatura ideal da água. Só nessa região, dez psicultores utilizam a água do açude para produzir cerca de 500 toneladas anuais de tilápia. Tudo acompanhado de perto pela Agência Nacional de Águas, Companhia de Recursos Hídricos do Ceará e Dnocs.

Os órgãos avaliam o impacto ambiental da atividade para liberar o aumento da produção no próximo ano.

Outras atividades envolvidas
Além da compra e venda do peixe, uma fábrica-escola da região ensina técnicas de beneficiamento da tilápia. Depois de retirado o filé, a carcaça do peixe é moída na máquina.

O peixe processado vira matéria-prima para almôndegas, croquetes, hamburgueres, liguiças e sopas. Por causa do alto teor nutritivo desses alimentos, cerca de 200 quilos de massa são aproveitados para a merenda escolar de mais de 5 mil alunos da rede pública.

Durante o processo, cerca de 30% do peixe, que iria para o lixo, é preservado. 100 quilos de carcaça podem gerar 60 Kg de massa. Depois, é só usar a criatividade para fabricar os produtos, que são embalados e congelados na própria fábrica.

A ordem é aproveitar tudo! A coordenadora do projeto, Socorro Mesquita, diz que o filé é doado para hospitais do município e o resíduo que sobra do processamento se transforma em adubo para hortas. Do couro da tilápia, também é possível fabricar peças de roupa e artesanato. As técnicas são repassadas para a comunidade.
Um exemplo de economia baseada na aplicação de tecnologias e no respeito à natureza.

fonte: http://pentecostece.blogspot.com/

fonte2: http://tvverdesmares.com.br/nordesterural/tilapia-e-aproveitada-ao-maximo/