Nós estamos nos movendo para longe da estrutura social dos anos 50 a cada ano: pela primeira vez, os casados representam menos da metade dos lares americanos.
Os dados divulgados afirmam que os casais casados eram apenas 48% dos lares dos EUA em 2010. Isso mostra um ligeiro declínio em relação a 2000, e uma grande queda em relação a 1950, quando 78% das famílias eram compostas por pessoas casadas.
Essa mudança é, em parte, devido às pessoas com formação superior se casando mais tarde, o que parece levar a mais casais permanecendo casados. No entanto, mais mulheres com alto grau de escolaridade não estão se casando, e naturalmente isso tem inspirado muita gente.
W. Bradford Wilcox, diretor do Programa Nacional de Casamento da Universidade de Virgínia, EUA, argumenta que a “redução” do casamento é ruim para a sociedade porque significa menos segurança para as crianças. “É preocupante, porque essas crianças são muito mais propensas a serem expostas à instabilidade, relações familiares complexas e pobreza”, diz ele.
Mas calma lá, minha gente! Será que o casamento é o bilhete para sair de uma vida de pobreza e perturbação? Sim, estar em um relacionamento estável pode ajudar as pessoas a sobreviverem quando se é pobre e tem poucas opções de emprego, mas há vários fatores que levam as crianças a crescer com “relações familiares complexas” (muitas vezes piores quando os pais estão casados do que cada um no seu canto).
Em um artigo, o autor David Harsanyi reage aos novos dados se perguntando: “Será que a instituição do casamento está em vias de extinção ou simplesmente se reajustando?”.
Ele “brinca”, falando sério, que os homens se casam por amor. Mas também são irresponsáveis e não se lembram de nada. A necessidade evolutiva de companheirismo é uma necessidade de infantilidade moderada (ou os homens estariam perdidos) e de ordem de base moral para a vida (ou os homens estariam super perdidos). As mulheres? Elas se casam por amor, é claro. Mas, historicamente, também tem sido uma espécie de necessidade.
Existe todo o tipo de pesquisa que afirma que os casados tem uma vida melhor: menos doenças, maior expectativa de vida, mais felicidade, etc.
Um dos estudos de fato diz que estar em um casamento por amor e com apoio é bom para as pessoas. Porém, é mais saudável ser solteiro do que permanecer em um casamento horrível.
Ou seja, não é o documento legal que está fazendo os casais prosperar, mas sim estar em um relacionamento estável. As pessoas naturalmente procuram amor, companheirismo, e (frequentemente) compromisso.
Às vezes elas optam por se casar, mas essa não é uma condição prévia à concessão de um relacionamento amoroso – é só perguntar a todos os americanos felizes que vivem no pecado.
A verdade é que o casamento mudou muito ao longo dos anos. Pode haver mais famílias “não tradicionais” na América hoje, mas isso pode ser apenas resultado do estilo de vida que construímos no século passado.
A grande maioria das pessoas ainda se casa em algum momento de suas vidas. Os dados novos podem simplesmente refletir o fato de que as pessoas vivem mais tempo, levando a mais idosos solteiros, e que a América tem mais imigrantes, que tendem a ser jovens e solteiros.
As noções de quando e por que as pessoas devem se casar estão evoluindo, mas isso não significa que a sociedade está se desintegrando. Para a maioria das pessoas, há algo inerentemente atraente sobre o casamento.
Mesmo se um dia todos abandonarem o casamento (no papel) de vez, o conceito fundamental de pessoas construindo uma vida juntas e se apoiando através de bons e maus momentos não vai a lugar nenhum.
ESG
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