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quarta-feira, 1 de junho de 2011

A LIBERDADE DE EXPRESSÃO GERA CONFUSÃO


Imagem/A Critica

O uso inadequado das redes sociais não traz apenas problemas para a segurança do usuário, as vezes um "post" mal colocado traz dores de cabeça, demissão, prejuízo financeiro e processos nas Varas da Justiça.
O diretor de Comunicação da Câmara Municipal de Manaus, Hiel Levy, os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, os cantores Thomas, da banda adolescente Restart, e Ed Motta; os jogadores de futebol Felipe, goleiro do Flamengo, e Fred, atacante do Fluminense, são algumas personalidades que causaram polêmica forte ao usar o microblog Twitter ou o Facebook.
Hiel quase perdeu o emprego na CMM por conta de um post no Twitter no qual brincava com a preferência da atriz Suzana Vieira pelo namoro com homens bem mais jovens. Ironizando a presença dela no lançamento de uma campanha contra o abuso sexual de crianças e adolescentes, organizada pela primeira dama Nejmi Aziz, ele postou a seguinte frase:
 “A Suzana Vieira vem apoiar a marcha contra a prostituição infantil. Mas ela é a maior pedofila... kkkkk”.
Duas semanas depois, parlamentares comandados pela vereadora Glória Carrate (PMN), cobraram explicações e a demissão dele. Hiel colocou o cargo à disposição, mas o presidente Isaac Tayah (PTB) o manteve no comando da comunicação da Câmara.
Buchicho maior causou o comentário do cantor adolescente Thomas. Em 9 de março caiu nas redes um vídeo no qual ele afirma que gostaria de se apresentar no Amazonas para “tocar no meio do mato”. “Não sei nem se tem civilização. Deve ser bem legal tocar pra lá”.
No mesmo dia a tag (frase que todos usam para se referir a um assunto)  #manausodeiathomasrestart levou o nome dele para a lista de assuntos mais comentados do dia.
Thomas ainda tentou consertar o erro e amenizar a ira dos fãs amazonenses ao postar outra pérola: “Galera, eu disse que achava que não tinha ninguém lá! Não desvalorizei a galera de lá, não! Tenho muita vontade de conhecer Manaus, o Acre!”.
E ainda completou: “Inclusive vou gostar muito de lá! Eu adoro lugar tranquilo! Ainda mais lá que só deve ter natureza! Cachoeiras e tudo mais!”. Foi o tiro fatal não pra ele e a banda, mas para a empresa promotora do show deles em Manaus, previsto para acontecer 20 dias após os comentários terem se caído na rede.
A empresa já havia investido pesado na divulgação do show, inclusive com mídia eletrônica e diversos outdoors em Manaus. O show acabou cancelado e o prejuízo ficou para a empresa local.
Outro que falou bobagens na rede foi Ed Motta. Duas semanas após fazer um show intimista aqui em Manaus, no início de maio, ele postou a seguinte mensagem no Facebook: “[Estou] em Curitiba, lugar civilizado, graças a Deus. O Sul do Brasil, como é bom, tem dignidade isso aqui. Frutas vermelhas, clima frio, gente bonita. Sim porque ooo povo feio o brasileiro, (risos). Em avião, dá vontade chorar (risos).
Mas chega no Sul ou SP gente bonita compondo o ambiance (risos)”. Aparentemente sem controle, Motta continuou: “Mulher feia tem que ser mega competente (risos). Se não, é Paula Toller nas cabeças (risos). Linda, burra e sem talento”. E depois: “Mulher feia tem que cantar igual Sarah Vaughn, se não eu não tenho tempo hahaha!”.
A repercussão foi imediata em todo o Brasil e no dia seguinte Ed Motta amenizou as palavras: “(Eram apenas) brincadeiras com os amigos, "sacanagem”, desconversou. “Reconheço que fiz comentários infelizes, como isso das mulheres feias. Mas todas as pessoas fazem isso nos bares, em casa”, disse.
A desculpa não tirou a intenção da União Brasileira de Mulheres de processá-lo sob acusação de preconceito.

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