Garantir uma aposentadoria tranquila por meio de investimentos e um plano de previdência complementar ou priorizar o dinheiro para pagar a faculdade e o estudo dos filhos no futuro? Esta é uma dúvida que provavelmente já passou pela cabeça de muitos pais e que pode ser sanada com um bom planejamento financeiro.
De acordo com o educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, Mauro Calil, o ideal é priorizar aquilo que falta menos tempo para acontecer. “Normalmente, a faculdade dos filhos chega mais rápido do que a aposentadoria. Mas vai depender de quando a pessoa começar a pensar nos investimentos”, afirma o educador.
O sócio fundador da Mais Ativos Educação Financeira, Álvaro Modernell, ressalta que priorizar aposentadoria ou estudos dos filhos depende dos valores de cada família e o importante mesmo é ter o hábito de poupar pensando no futuro.
“Depois de alguns anos poupando e investindo, você estabelece se este valor vai ser usado na educação dos filhos ou na sua aposentadoria. Mas o importante é que seja feita uma poupança”, afirma Modernell.
Segundo ele, o número de pessoas que pensa na aposentadoria no Brasil ainda é muito pequeno, menor até do que aqueles que poupam pensando na educação dos filhos.
“As duas coisas são importantes, mas é preciso ter consciência de que, no futuro, você precisará ter uma renda complementar para conseguir viver com o mínimo de conforto”, afirma o educador financeiro.
Tempo é aliado
O tempo é o melhor aliado, quando o assunto é investimento. Assim, os educadores enfatizam que é importante pensar na aposentadoria e também na educação dos filhos o quanto antes, para poder aproveitar os investimentos mais adequados e garantir um rendimento tranquilo depois de parar de trabalhar.
“Não dá para estabelecer aposentadoria com menos de 10 anos de prazo. Com menos tempo do que isso, você corre um risco enorme e sua aposentadoria provavelmente não será adequada”, afirma Calil.
Planejamento financeiro
Mauro Calil lembra que o ideal seria se as famílias conseguissem fazer investimentos pensando tanto na aposentadoria quanto na educação dos filhos.
“É possível fazer isso. A questão é que, às vezes, as pessoas vão precisar abdicar de pequenos prazeres para conseguir acumular uma quantia”, diz o educador.
“Não é preciso deixar de consumir, mas sim consumir com mais destreza”, afirma.
Além disso, é importante se planejar e procurar evitar financiamentos, para não gastar dinheiro com pagamento de juros. “Se o brasileiro parasse de comprar eletrodomésticos e outros produtos no carnê e comprasse à vista, já sobraria uma quantia mensal”, diz.
Tipos de investimentos
De acordo com Calil, como nos dois casos a intenção é poupar pensando em um prazo longo, superior a 10 anos, o investidor pode pensar em alocar uma parte da aplicação em renda variável.
“Você pode fazer pequenos aportes todos os meses. Como é uma aplicação de prazo longo, isso diminui bastante o risco e você conseguirá aproveitar a valorização das ações”, afirma. “Aqui no Brasil, o investidor encontra ações de grandes empresas, que possuem um bom potencial de valorização e que pagam bons dividendos”, completa.
ESG.
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