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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Namoro adolescente pode aumentar abuso de álcool


Uma má notícia para os pais que fizeram de tudo para separar seus filhos de namorados que consideravam má influência: segundo uma nova pesquisa, os adolescentes com um novo namorado ou namorada tendem a ser mais influenciados pelos hábitos de beber dos amigos de seu parceiro romântico do que pelos próprios parceiros.
E por que isso ocorre? “A amizade introduz o adolescente a novas e diferentes redes sociais e também cria uma espécie de pressão indireta”, diz o pesquisador Derek Kreager.
Amigos de longa data tendem a ser parecidos quando se trata de valores e estilo de vida, mas os parceiros românticos são mais propensos a vir de um círculo de amizades diferente.
“Pense no parceiro ou parceira de seu filho ou filha como uma ponte para um grupo totalmente diferente que ele ou ela agora será exposto a”, argumenta Kreager.
Quando os adolescentes começam a namorar, eles tendem a “se equilibrar” quando se trata de hábitos como beber. Se uma menina adolescente que ainda não bebe começa a namorar um rapaz que bebe com frequência, por exemplo, o menino provavelmente vai tentar parar de beber um pouco, enquanto a garota vai querer experimentar.
“Ele tem um incentivo para mudar, para ser mais como ela”, explica Kreager. “Por outro lado, seus amigos não têm qualquer razão para mudar, então eles continuam a beber. Enquanto isso, ela tem incentivo para ser como os amigos, porque é isso que atrai o seu parceiro”.
Vários estudos têm documentado como a família e os amigos podem “espalhar” obesidade felicidade, comportamentos como beber, fumar, etc.
Estes padrões sociais podem ser ainda mais importantes entre os adolescentes; é o que explica Angela Diaz, diretora de pesquisa do Centro de Saúde do Adolescente no Mount Sinai Medical Center, em Nova York. “É durante a adolescência que as crianças começam a explorar o comportamento e os papéis dos adultos, e procuram aceitação e respeito. Em toda escola, os grupos mudam drasticamente com base nos novos comportamentos que pegam e nas novas pessoas que encontram”, diz ela.

A pesquisa

No estudo, os pesquisadores analisaram questionários de 898 alunos, coletados como parte de uma grande pesquisa nacional sobre saúde do adolescente.
Os cientistas entrevistaram as crianças sobre beber (excessivamente) álcool (entre outros comportamentos relacionados à saúde), e também pediram que eles nomeassem vários de seus amigos na escola, muitos dos quais eram participantes do estudo.
Em uma entrevista de acompanhamento, dois anos depois, os mesmos alunos responderam a perguntas semelhantes e também foram solicitados a nomear parceiros românticos.
Através da identificação de pares de alunos que se tornaram um casal e comparando suas respostas da pesquisa, os pesquisadores foram capazes de ver como as redes sociais dos adolescentes e seus hábitos de consumo mudaram ao longo do tempo.
Eles descobriram que os adolescentes mais jovens tendem a socializar com amigos do mesmo sexo, e que se envolver em relacionamentos amorosos muitas vezes os apresenta a grupos mistos de pares.
E, enquanto os amigos e outras pessoas significativas influenciaram os hábitos de beber dos participantes do estudo, foram os amigos de segundo grau, dos parceiros, que tiveram a maior influência sobre a frequência de beber e o consumo excessivo de álcool.
Os resultados enfatizam a necessidade de aprender mais sobre o grupo de pessoas do namorado ou namorada dos filhos.
Os pais devem conversar com seus filhos sobre a pressão dos colegas e sobre abuso de álcool antes mesmo deles começarem a namorar, de modo que os adolescentes possam reconhecer os riscos potenciais em novas situações sociais.
Eles também devem fazer um esforço para conhecer um novo parceiro romântico na vida de seus filhos adolescentes, bem como os amigos desse parceiro; talvez convidá-los para frequentar a casa, estar mais próximo de bons valores.
Os pesquisadores dizem que é importante lembrar que o namoro não é necessariamente uma coisa ruim. Os adolescentes também podem ser influenciados em uma direção positiva por parte dos grupos de seus parceiros que bebem menos, especialmente os meninos, que, de acordo com o estudo, foram mais propensos a beber bastante, e que podem ser mais propensos a parar de beber perto de meninas que não bebem.

fonte: [CNN]
ESG

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