A Microsoft está seguindo os passos do iOS, da Apple: a versão Metro do Internet Explorer 10 no Windows 8, direcionada para dispositivos com base no toque, não irá apoiar plug-ins. Isso significa que não dará suporte à tecnologia Flash, da Adobe, que é entregue por meio de plug-in do navegador. Isso sem mencionar outros add-ons úteis.
Dean Hachamovitch, vice-presidente corporativo da Microsoft, responsável pelo Internet Explorer, observou em uma postagem de blog que a maioria dos sites já recorre ao HTML5 quando o suporte plug-in não está disponível. Parece até que tomou aulas com o Google, que insiste que levar os sites em direção ao HTML5 é necessário para avançar a rede (ainda assim, apesar de toda a sua defesa de padrão de rede aberta, resgatou o Flash ao dar apoio à tecnologia da Adobe no Android).
“Para que a rede siga em frente e para que os consumidores aproveitem ao máximo a navegação por toque, o browser ao estilo Metro, no Windows 8, só é possível com o HTML5 e livre de plug-in. A experiência fornecida hoje pelos plug-ins não é condizente ao estilo Metro de navegação e à moderna web HTML5”.
Hachamovitch argumenta que o regime melhoraria a vida útil da bateria, a segurança, confiabilidade e privacidade do usuário. “Os plug-ins foram importantes no começo da história da web. Mas a rede percorreu um longo caminho com o HTML5. Oferecer compatibilidade com tecnologias plug-in legacy seria prejudicial para a experiência de navegação do consumidor na IU estilo Metro”.
Ano passado, quando era CEO da Apple, Steve Jobs apontava sua condenação ao Flash. Mas um ponto levantado por ele trouxe à tona a maneira como a Apple – e presumidamente agora a Microsoft – pensa sobre a tecnologia terceirizada como o Flash: “não podemos ficar à mercê da decisão e um terceirizado decidindo se e quando irão disponibilizar melhorias para nossos desenvolvedores”.
Com o iOS, a Apple tem muito mais controle sobre os seus softwares nos dispositivos do que com o Mac OS X. Muito disso é devido ao processo de aprovação obrigatório por contrato, mas também é devido à ausência de plug-ins para o Safari móvel. Os plug-ins dão poder para terceirizados e para o usuário: permitem aos usuários, por exemplo, bloquear propagandas, independentemente do desejo dos publicitários. Também permitem que empresas como a Adobe operem por cima da plataforma de dos competidores.
Dion Almaer, vice-presidente de arquitetura móvel no Walmart.com e ex-desenvolvedor da Palm, Mozilla e Google, disse em um e-mail que há tanto benefícios quanto desvantagens com os plug-ins. Como benefício, os plug-ins permitem novas funcionalidades sem uma atualização no núcleo do sistema operacional. Mas há problemas potenciais, é difícil ter plug-ins sem que o desempenho seja afetado, o que é particularmente importante em dispositivos móveis.
Tradução: Alba Milena, especial para o IT Web | Revisão: Adriele Marchesini
ESG
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