Assim como os usuários de internet têm migrado dos desktops tradicionais para os celulares, os vírus têm seguido o mesmo caminho. Embora o número de ameaças virtuais em tablets e smartphones ainda seja proporcionalmente pequeno, se comparado aos vírus que proliferam em computadores e notebooks, o risco não é menor. "Os usuários ainda não possuem o mesmo cuidado ao realizar transações pelo celular que têm quando fazem pelo computador doméstico", diz o advogado especializado em direito de internet Bernardo Menicucci.
Em tablets e smartphones, a ameaça é potencializada porque os sistemas invasores são criados com objetivos mais específicos. Enquanto nos desktops os vírus mais comuns simplesmente deixavam o computador mais lento ou danificava componentes do sistema, em telefones celulares o objetivo dos hackers é roubar informações como senhas de banco, números de cartão de crédito e outras informações pessoais. Para isso, a tática é disseminar ameaças discretas. Na maioria dos casos, o usuário nem sequer tem ideia de que está sendo invadido.
É verdade que alguns sistemas operacionais são mais seguros, como o iOS, da Apple, o Android e até o Linux, mas esses sistemas não são invioláveis. Há, inclusive, aplicativos antivírus disponíveis para download nas lojas oficiais da Apple e da Android.
Uma das razões para esses sistemas serem mais seguros é o fato de as empresas possuírem um controle dos seus aplicativos. Além disso, como a pirataria de programas é menor em celulares, a velocidade com que esse vírus circulam também é menor.
O primeiro vírus para celular foi identificado em 2004 e não foi "bem-sucedido". O Cabir infectou apenas um pequeno número de aparelhos com conexão bluetooth e não causava danos ao telefone. Ele foi desenvolvido por um grupo de desenvolvedores como uma "versão beta". A intenção foi provar o poder de invasão que eles poderiam atingir.
O TEMPO
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