
Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão anunciaram o fracasso do lançamento poucos minutos após ele ocorrer. O reconhecimento da falha pela Coreia do Norte aconteceu cerca de quatro horas depois, em um anúncio transmitido pela TV estatal.
O problema com o foguete é um constrangimento para o governo norte-coreano, que tinha anunciado o lançamento como um avanço científico e uma homenagem ao primeiro presidente do país, Kim Il-sung, dois dias antes da data em que se comemora seu centenário de nascimento.
Além disso, era uma tentativa do governo de Kim Jong-un, que assumiu o poder em dezembro após a morte de seu pai, Kim Jong-il, de demonstrar força. Durante toda a semana, o novo líder norte-coreano recebeu títulos importantes. Horas depois do lançamento fracassado, a TV estatal afirmou que Kim Jong-un se tornara presidente da poderosa Comissão de Defesa Nacional, máximo corpo militar do país, durante uma reunião da Assembleia Popular Suprema.
Antes, ele já havia sido nomeado membro da direção do Politburo (birô político) do Comitê Central e primeiro-secretário do Partido dos Trabalhadores, o que por sua vez o transformou automaticamente em presidente da Comissão Militar Central da formação.
Apesar de falho, o lançamento foi condenado por vários países e uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto foi marcada para esta sexta-feira.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o lançamento viola a resolução 1874 do Conselho de Segurança que proíbe este tipo de teste.
"Apesar de seu fracasso, o lançamento do chamado 'dispositivo satélite' pela República Democrática Popular da Coreia em 13 de abril de 2012 é deplorável, uma vez que desafia a posição firme e unânime da comunidade internacional", disse Ban, em comunicado.
Com AP e Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário