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terça-feira, 6 de março de 2012

.Em projeto piloto, britânicas poderão consultar ficha policial de namorado

Foto da Polícia da região de Manchester mostra Clare Wood (PA)

O governo britânico anunciou nesta segunda-feira um projeto piloto para que pessoas em algumas regiões possam acessar a ficha de antecedentes de parceiros para descobrir se o namorado já se envolveu em casos de violência doméstica.
O Ministério do Interior informou que o projeto piloto deve durar um ano. Durante o período, a polícia o terá o direito de pedir informações nas regiões de Manchester, Nottinghamshire, Wiltshire e Gwent.
Clare Wood fez várias queixas na polícia de Salford, na região de Manchester, contra George Appleton, que ela conheceu na internet.
Mesmo assim, ela foi morta pelo ex-namorado, que cometeu suicídio depois da morte de Clare.
Desde a morte da britânica, o pai de Clare, Michael Brown, faz campanha para que as pessoas tenham o direito de saber se o parceiro ou parceira tem um histórico de violência.
Para Brown, se este projeto existisse antes, sua filha poderia ter tomado uma decisão "mais informada" a respeito do relacionamento com Appleton.
"Acredito que, se minha filha soubesse do passado do companheiro, ela teria desistido dele e o expulsado", disse Brown à BBC.

Estatísticas e críticas

Estatísticas do Ministério do Interior britânico sugerem que duas mulheres são mortas pelo ex-companheiro ou companheiro atual a cada semana na Inglaterra e no País de Gales.
O projeto do governo gerou críticas de um grupo que faz campanha contra a violência doméstica na Grã-Bretanha, o Refuge.
"Por que estamos gastando dinheiro com iniciativas caras, que não foram testadas? A realidade é que a maioria dos que cometem (violência doméstica) não são conhecidos da polícia, e as mulheres poderão nem mesmo aderir a este esquema", afirmou Sandra Horley, diretora do Refuge.
Para Horley, o governo teria que enfrentar a questão da violência doméstica melhorando a resposta da polícia aos pedidos de ajuda.
A ministra da Igualdade, Lynne Featherstone, afirmou que o projeto é "uma parte de uma metodologia para tentar lidar com a violência doméstica, que é inaceitável e epidêmica no país".
Os testes da nova lei começam no meio do ano.

BBC

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