Uma nova tecnologia de captação de água potável a partir de exaustão diesel pode ajudar militares envolvidos em conflitos por todo o mundo, dando-lhes mais agilidade e mobilidade.
O trabalho militar exige um fluxo contínuo de água (até cerca de 27 litros por dia) para saciar a sede, preparar refeições saudáveis e manter a higiene. Porém, especialistas afirmam que o abastecimento de água aos soldados aumenta a vulnerabilidade dos militares e limita o uso tático das tropas de campo.
Agora, pesquisadores sugerem que o combustível que os militares usam para executar seus tanques, jipes, geradores e outras máquinas pode se transformar em água. Quando o combustível é queimado, ele é oxidado, portanto produz dióxido de carbono e água.
Teoricamente, um litro de diesel deve produzir um litro de água. Nem toda essa água é recuperável, mas com o novo sistema desenhado pela equipe, entre 65 e 85% dela deve ser aproveitável. Considerando o tanto de combustível que os militares usam, seria uma contribuição significativa para a questão da água.
Por exemplo, um Humvee (veículo militar), com uma capacidade de cerca de 95 litros, pode fornecer água suficiente para cerca de três soldados por tanque de combustível queimado.
O sistema em desenvolvimento baseia-se no processo conhecido como condensação capilar, que se contrasta com a condensação termodinâmica (o resfriamento do ar para que a água “caía” dele).
O sistema é como um tubo de aço oco, com paredes porosas. Condensa a água por capilaridade nos poros. A água líquida é constantemente aspirada para fora do tubo, permitindo que mais água seja condensada dos gases de escape que passam pelo centro do tubo.
A captura de água dessa forma reduz os contaminantes em cerca de 100 vezes, porque você está condensando-a em minúsculos poros, e deslocando-a continuamente. Como resultado, o tempo de contato entre os gases solúveis e a água é eliminado.
Segundo os pesquisadores, este sistema é uma melhoria de uma tecnologia mais antiga, uma proposta de converter a água do diesel baseada na condensação termodinâmica, pesada, volumosa e consumidora de muita energia.
O sistema ainda não é considerado implantável nos EUA. O laboratório adiou seu desenvolvimento em larga escala para os próximos anos; o orçamento necessário para isso é de quase 10 milhões de reais.
O papo militar é de fato interessante, mas se o sistema realmente pode trabalhar em escala real, poderia ser uma solução para o problema da escassez de água iminente? O que você acha?
ESG
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