Apenas 45% a 50% das encomendas que chegam às agências passam por triagem com aparelhos de raio X
O assalto a um caminhão dos Correios, na última sexta-feira, em uma rodovia cearense, resultou em uma descoberta que intrigou policiais e funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Após violarem e levarem parte da carga, os assaltantes deixaram para trás uma caixa que não deveria estar sendo transportada.
Com a chegada da Polícia ao local do crime, as encomendas foram encaminhadas para uma agência dos Correios, na Avenida Oliveira Paiva. A carga recuperada passou, então, por uma vistoria com equipamentos de raio X.
Em uma das caixas examinadas - que tinha como origem o Rio de Janeiro e como destino o município de Viçosa do Ceará-, foi descoberta uma ossada humana. A Polícia Civil foi então acionada para investigar o caso.
De acordo com o delegado Franco Pinheiro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a encomenda continha, além dos ossos, uma ordem de exumação emitida pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
O remetente da carga foi então contatado e o caso, esclarecido. Segundo o delegado, a ossada era de uma pessoa que morava na Capital fluminense, mas cuja família vive em Viçosa.
Ao tomar conhecimento da morte, a família solicitou a um amigo do falecido, que também morava no Rio de Janeiro, que enviasse os restos mortais para o Ceará, onde o corpo seria enterrado. Atendendo ao pedido, o homem procurou a prefeitura de sua cidade e preparou a documentação necessária para enviar a ossada, que foi exumada.
Contudo, o remetente equivocou-se quanto ao meio de enviar o corpo. Desconhecendo o fato de que os Correios não realizam o transporte de restos mortais, o homem enviou a ossada como se esta fosse um material como outro qualquer.
Não tendo passado por equipamentos de raio X antes de sair do Rio de Janeiro, a caixa contendo os ossos viajou até o Ceará, onde - até momentos depois do assalto - também não passou pela triagem. Não fosse a ação dos criminosos, a encomenda teria chegado sem problemas à cidade cearense.
Segundo o delegado, como foi constatado que o remetente, apesar de ter enviado o corpo de forma indevida, havia tentado transportar os restos mortais de forma legal, o caso não foi tratado como um crime e o homem não foi penalizado.
Após o esclarecimento do caso, acrescenta, a ossada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), onde aguardou que a família do morto fosse recuperar os restos mortais. Segundo a assessoria de comunicação dos Correios, o transporte de restos mortais deve ser sempre realizado por empresas funerárias.TriagemDe acordo com o gerente de segurança operacional dos Correios, Rogério Lopes, a triagem com equipamentos de raio X é feita através de amostragem, abrangendo 45% a 50% das encomendas transportadas apenas no território nacional. No caso das cargas internacionais, destaca, 100% das encomendas passam pelo raio X.
Segundo Lopes, só passam pelo equipamento materiais que sejam considerados "atrativos", como caixas e embrulhos variados. Cartas e alguns tipos de malotes, acrescenta, não são classificados como "atrativos".
Ao todo, aponta, a central de triagem de Fortaleza examina, com raio X, uma média mensal de 25 mil encomendas. A partir deste total, informa, são realizadas cerca de 60 apreensões de produtos que variam de mercadorias sem nota fiscal a medicamentos proibidos e animais.
Lopes ressalta que, por motivos de segurança ligados à atividade dos Correios, números mais detalhados sobre o tipo de produtos apreendidos não podem ser fornecidos.
Conforme o gerente de segurança operacional, as encomendas consideradas "atrativas" podem passar por raio X tanto nos centros de triagem do destino quanto da origem. Desse modo, explica, cada produto pode passar por uma, duas ou nenhuma vistoria pelo raio X. Alguns produtos, reconhece, "eventualmente" podem passar despercebidos pela triagem.
A margem de 45% a 50% de produtos que são examinados, afirma Rogério Lopes, corresponde a uma meta da ECT. A meta, informa, tende a aumentar a cada semestre. Nos últimos anos, disse, o volume de produtos que passam pela triagem aumentou em torno de 20%.
Para garantir o incremento, complementa, funcionários são capacitados e novos equipamentos são adquiridos. "Nós já temos profissionais treinados para operar os aparelhos. Só estamos esperando que seja ampliada a meta", aponta.
Com a chegada da Polícia ao local do crime, as encomendas foram encaminhadas para uma agência dos Correios, na Avenida Oliveira Paiva. A carga recuperada passou, então, por uma vistoria com equipamentos de raio X.
Em uma das caixas examinadas - que tinha como origem o Rio de Janeiro e como destino o município de Viçosa do Ceará-, foi descoberta uma ossada humana. A Polícia Civil foi então acionada para investigar o caso.
De acordo com o delegado Franco Pinheiro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a encomenda continha, além dos ossos, uma ordem de exumação emitida pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
O remetente da carga foi então contatado e o caso, esclarecido. Segundo o delegado, a ossada era de uma pessoa que morava na Capital fluminense, mas cuja família vive em Viçosa.
Ao tomar conhecimento da morte, a família solicitou a um amigo do falecido, que também morava no Rio de Janeiro, que enviasse os restos mortais para o Ceará, onde o corpo seria enterrado. Atendendo ao pedido, o homem procurou a prefeitura de sua cidade e preparou a documentação necessária para enviar a ossada, que foi exumada.
Contudo, o remetente equivocou-se quanto ao meio de enviar o corpo. Desconhecendo o fato de que os Correios não realizam o transporte de restos mortais, o homem enviou a ossada como se esta fosse um material como outro qualquer.
Não tendo passado por equipamentos de raio X antes de sair do Rio de Janeiro, a caixa contendo os ossos viajou até o Ceará, onde - até momentos depois do assalto - também não passou pela triagem. Não fosse a ação dos criminosos, a encomenda teria chegado sem problemas à cidade cearense.
Segundo o delegado, como foi constatado que o remetente, apesar de ter enviado o corpo de forma indevida, havia tentado transportar os restos mortais de forma legal, o caso não foi tratado como um crime e o homem não foi penalizado.
Após o esclarecimento do caso, acrescenta, a ossada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), onde aguardou que a família do morto fosse recuperar os restos mortais. Segundo a assessoria de comunicação dos Correios, o transporte de restos mortais deve ser sempre realizado por empresas funerárias.TriagemDe acordo com o gerente de segurança operacional dos Correios, Rogério Lopes, a triagem com equipamentos de raio X é feita através de amostragem, abrangendo 45% a 50% das encomendas transportadas apenas no território nacional. No caso das cargas internacionais, destaca, 100% das encomendas passam pelo raio X.
Segundo Lopes, só passam pelo equipamento materiais que sejam considerados "atrativos", como caixas e embrulhos variados. Cartas e alguns tipos de malotes, acrescenta, não são classificados como "atrativos".
Ao todo, aponta, a central de triagem de Fortaleza examina, com raio X, uma média mensal de 25 mil encomendas. A partir deste total, informa, são realizadas cerca de 60 apreensões de produtos que variam de mercadorias sem nota fiscal a medicamentos proibidos e animais.
Lopes ressalta que, por motivos de segurança ligados à atividade dos Correios, números mais detalhados sobre o tipo de produtos apreendidos não podem ser fornecidos.
Conforme o gerente de segurança operacional, as encomendas consideradas "atrativas" podem passar por raio X tanto nos centros de triagem do destino quanto da origem. Desse modo, explica, cada produto pode passar por uma, duas ou nenhuma vistoria pelo raio X. Alguns produtos, reconhece, "eventualmente" podem passar despercebidos pela triagem.
A margem de 45% a 50% de produtos que são examinados, afirma Rogério Lopes, corresponde a uma meta da ECT. A meta, informa, tende a aumentar a cada semestre. Nos últimos anos, disse, o volume de produtos que passam pela triagem aumentou em torno de 20%.
Para garantir o incremento, complementa, funcionários são capacitados e novos equipamentos são adquiridos. "Nós já temos profissionais treinados para operar os aparelhos. Só estamos esperando que seja ampliada a meta", aponta.
fonte: DN
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