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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O SAPIPA NÃO AUMENTOU A PIZZA - Pizza mais salgada: preço sobe 60% nos últimos cinco anos no país


Quem é do ramo reclama do aumento dos gastos com mão-de-obra, do preço dos aluguéis e dos ingredientes indispensáveis para qualquer pizza.


No fim de semana, a surpresa foi na hora do lanche. O preço de um dos pratos favoritos do Brasil não para de subir. A pizza subiu mais de 60% em cinco anos. Quem fizer uma paradinha para fazer um lanche e comer uma fatia, por exemplo, vai gastar mais.
Quer uma refeição rápida e saborosa? “Como pizza todo dia”, diz uma paulistana. “Eu gosto, não tem explicação”, comenta uma jovem.
As pizzarias inventam moda com sabores e nomes para despertar o paladar do consumidor, mas nem precisa de tanto. Uma boa pizza faz sucesso até na padaria. “Gosto de muçarela e portuguesa”, cita um senhor.
São Paulo é a segunda cidade onde mais se come pizza no mundo. Só fica atrás de Nova York.
Na capital paulista, mais de um milhão de pizzas saem dos fornos todos os dias. Mas para manter esse hábito, o consumidor está pagando mais caro. “É meio carinho. Hoje, pelo menos, eu gasto mais do que antes eu gastava. Isso é verdade”, compara o analista de sistemas Paulo Uehara.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) fez um levantamento com os sabores mais populares: muçarela e calabresa. O reajuste ultrapassou 65% nos últimos cinco anos, bem acima da inflação, que foi de quase 30%. Quem é do ramo reclama do aumento dos gastos com mão-de-obra, do preço dos aluguéis e dos ingredientes indispensáveis para qualquer pizza.
“Os embutidos, que são produtos que tem uma linha de exportação muito forte, e o mercado interno acaba ficando desabastecido. A muçarela, principalmente, e os outros queijos que acompanham quase todas as pizzas”, aponta Carlos Zoppetti, presidente da Associação das Pizzarias Unidas do Estado de São Paulo.

“Laticínios, hortifruti e os embutidos de suíno nesses anos vem subindo em torno de 10% a 12% ao ano, realmente”, calcula o dono da padaria, Sérgio Peixoto.

Em uma pizzaria, os reajustes costumam acontecer duas vezes por ano – uma estratégia para não assustar os clientes. O dono, André Cotta, diz que é mais comum quem pede para entrega se espantar com a conta.
“Acho que é pelo valor do preço final. Eles fazem sempre o mesmo pedido toda semana. Então, eles reparam mais. O cliente de salão costuma variar um pouco mais os pedidos”, diz o dono da pizzaria, André Cotta.
Os consumidores atentos ao orçamento estão descontentes com o tamanho da despesa. “Deu para sentir pela conta que a gente pagava. E o que acontece? A gente reduz um pouco a saída”, comenta o engenheiro de segurança Francisco Antonio Fraia.
Vários fatores ajudaram a elevar o preço da pizza, mas teve um ingrediente que aumentou demais nos últimos cinco anos: o tomate. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou quase 114% mais caro.

fonte: Bom Dia Brasil/Rede Globo/01.08.2011

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