A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reconhece que será difícil, mas governo quer novo imposto para o ano que vem
Dilma Rousseff insiste em querer um novo imposto para financiar os investimentos na saúde, mas a maioria dos senadores descarta a criação do tributo. Em enquete feita pelo jornal Folha de S. Paulo na última semana, 43 dos 81 senadores, 53% do total, afirmaram que apoiariam uma proposta que obriga o governo federal a gastar 10% da receita com saúde.
A Constituição prevê que a aplicação de recursos do governo federal em saúde deve estar sintonizada com o crescimento da economia. Há a necessidade de reajuste conforme varie o Produto Interno Bruto. A ideia já foi rechaçada na Câmara, mas deve voltar no Senado. Analistas calculam que a aprovação da proposta elevaria os gastos do governo em R$30 milhões, ou 38% do orçamento do Ministério da Saúde para este ano.
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reconheceu que o governo pensa em uma nova taxa, que seria responsável por arrecadar mais R$45 bilhões anuais. A Presidência deseja que o novo imposto seja aprovado em 2012, apesar dos empecilhos trazidos pelas eleições municipais. A Câmara aprovou a emenda 29 – que regulamenta os gastos com a Saúde – mas não indicou qual seria a fonte de recursos.
ESG
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