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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Aspirina é ligada ao risco de perda de visão

 

Idosos que tomam aspirina diariamente são duas vezes mais propensos a ter o último estágio da degeneração macular, uma perda de visão relacionada à idade, do que pessoas que nunca tomam o analgésico, de acordo com um estudo europeu.
Os dados não mostram que a aspirina causa a perda de visão. Mas os resultados são motivo de preocupação se a aspirina realmente agravar de algum modo a doença ocular, dado o número de idosos que a tomam diariamente por doenças do coração.
Por enquanto, fica a indicação: para pessoas que têm degeneração macular, não é recomendado o uso de aspirina.
Pesquisadores coletaram informações sobre a saúde e o estilo de vida de quase 4.700 pessoas com idade acima de 65 anos. O estudo incluiu idosos noruegueses, estónios, ingleses, franceses, italianos, gregos e espanhóis.
Das 839 pessoas que tomavam aspirinas diariamente, 36 tinham uma forma avançada da doença chamada degeneração macular úmida – cerca de quatro a cada 100 usuários de aspirina.
Em comparação, a cada 100 pessoas que tomavam aspirina com menos frequência, duas tinham o mesmo tipo de degeneração macular.
A forma úmida da doença, causada por vazamento de vasos sanguíneos nos olhos, leva à perda de visão no centro do campo visual. A forma seca é mais comum e menos grave, embora as pessoas ainda sofram com essa deficiência visual.
Juntas, a degeneração macular úmida e a seca constituem as principais causas de perda da visão entre pessoas com mais de 60 anos, atingindo milhões de idosos.
Os pesquisadores descobriram que o uso de aspirina não estava ligado à forma seca, nem para estágios iniciais da doença.
Mas existe controvérsia sobre se o vínculo é mesmo entre a aspirina e a degeneração macular ou se é entre a doença cardiovascular e a degeneração.
A equipe responsável pelo estudo analisou meticulosamente a possibilidade da doença cardiovascular ter influenciado os resultados, mas descobriu que usuários de aspirina – independentemente da sua saúde do coração – correm maior risco de ter o tipo mais grave de perda de visão.
E para as pessoas com doenças cardiovasculares que tomam aspirina como tratamento, os benefícios da droga superam os riscos da saúde visual. Afinal, um olho saudável, com plena capacidade visual, não é nada em um corpo morto.
Estudos maiores que acompanham as pessoas ao longo do tempo, que documentam o uso de aspirina e verificam a qualidade da visão, vão ajudar a resolver o papel da aspirina na degeneração macular. Até lá, converse com seu médico e vá com calma na aspirina.

ESG

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