Recentemente, houve a eleição da Miss Belo Horizonte Gay. O Concurso, de idealização e produção de Michelle Loren, chega em 2011 à sua 15ª edição. Assim como em 2010, o evento também foi realizada na boate Gis Club. Ao todo, foram 6 candidatas que disputaram o título de Miss BH Gay, além de também terem concorrido aos prêmios de Miss Simpatia e Melhor Vestido. Um dos requisitos para participar é que nenhuma das candidatas podiam ter silicone e/ou ser transexual operada. As candidatas tinham que ser transformistas, ou seja, homossexuais que tenham aparência masculina, e se transformem em aparência feminina, o mais próximo de uma mulher.
Ao longo da noite/madrugada, as concorrentes desfilaram e foram avaliadas por um júri técnico – composto por pessoas heterossexuais e que não freqüentam o meio gay – e um júri artístico – composto por travestis e transexuais, que revelam o seu voto no microfone, para que todos os presentes possam ver, ouvir e testemunhar seu parecer.
O Concurso foi conduzido pela própria Michele Loren, mas teve abertura feita por Gabi Campbel que também performou no evento. Além de Gabi, também performaram outras drag queens conhecidas da noite de BH: Perfect, Perez Aquila, Adriana Kevlim e Luiza Phfiffer.
Também marcaram presença no Miss BH Gay 2011 a Miss Glamour Minas Gerais 2011, Fabi, a conhecidíssima Nayla Brizard e Carol Marra, a modelo transgênero que abriu o Minas Trend Preview 2011 e foi a vencedora do Miss BH Gay 2010 – na época, ela assinava como Carol Carvalhaes. Para Nayla o evento se destaca pela seriedade e o glamour: “a Michelle tem um nome tradicional nesse tipo de evento, que traz de volta o glamour. Além disso, é um concurso transparente”, destaca a conhecida radialista, atriz e performer na noite belo horizontina, ressaltando, que a Miss Belo Horizonte Gay deveria concorrer ao Miss Brasil e/ou Minas Gerais, já que, a vitória no Miss BH Gay não significa uma participação “automática” em outros concursos. Já Carol Marra reforçou o comprometimento que quem quer participar de um concurso como esse deve ter. “Se é um sonho, tem que trabalhar, investir... além disso, deve ter respeito ao próximo”, destacou a conhecida modelo, que revelou que começou a modelar após sua vitória no Miss BH Gay 2010.
Premiadas
O prêmio de Melhor Vestido, foi o usado pela candidata Beta Zarfi. O estilista do modelito é Alexandre Dutra. Já o prêmio de Miss Simpatia foi para Penélope Fontana, que participou pela segunda vez não consecutiva do Concurso: “Estou há quatro anos trabalhando na causa e vejo esse prêmio como um reconhecimento. Para mim, é um prazer e orgulho ter recebido esses prêmios”.
Já a grande ganhadora da noite, ou seja, a Miss Belo Horizonte Gay 2011 é Kyara Kislansky. Com lágrimas nos olhos ela revelou que quase desistiu de participar do concurso, por essa já ter sido sua quarta participação. Em uma delas, chegou a ficar em segundo lugar. Também desta vez, Kyara estava acompanhada de amigos e familiares. “Ela teve todo o nosso apoio. Ela adoeceu essa semana e quase não participou. Se a gente não tivesse apoiado ela não estaria aqui”, revelou a amiga Ivani dos Santos. Kyara demonstrou de forma genuína alegria, humildade e gratidão pelo título conquistado. “Quero representar bem a cidade, honrar o título. Não é só ser bonita”, destacou a Miss BH Gay 2011.
O Miss Belo Horizonte Gay 2011 teve o apoio de Ivan Cabelereiros, Tiffany Delamari e Santana Loren. O concurso não dá premiação em dinheiro para as vencedoras, mas sim, produtos de beleza, além da faixa e do título. O que motiva e inspira Michelle Loren a manter um concurso como esse, praticamente de forma independente? “Manter a tradição de concursos de glamour, como um elegante vestido, algo que estamos perdendo ultimamente... O Sonho de ser Miss, sabe? Desde os programas do Silvio Santos aos concursos de Miss Universo. Hoje é tão raro ver um vestido lindo... essa ´pompa´ está escassa”, revelou a organizadora do evento.
MUZA /O Tempo Online
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