O programa Student Leaders seleciona anualmente 20 jovens brasileiros para realizarem intercâmbio
Considerada uma das áreas mais perigosas de Fortaleza o Grande Bom Jardim já foi palco de 124 assassinatos desde o dia 1º de janeiro até ontem. Porém, a violência na área diminuiu se compararmos com os assassinatos cometidos no ano de 2010, 178. Os dados são baseados em um levantamento realizado pelo Diário do Nordeste a partir do acompanhamento que é feito dos casos de homicídio no Estado. Essa queda se deve ao desenvolvimento de projetos sociais que incentivam centenas de crianças e jovens a enxergarem um futuro melhor através da educação.
Como exemplo temos a história do estudante universitário Francisco Daniel Alves Albuquerque, 19 anos, morador do bairro Bom Jardim. Aos 4 anos de idade a mãe do garoto a dona de casa Lúcia Alves e o pai Lorival Albuquerque que é analfabeto, o inscreveram no Projeto Social José Henrique, da Fundação Erica Mota, que funciona no bairro. Foi o ponto de partida para uma história de muitas vitórias na vida do estudante.
A professora de Língua Portuguesa que trabalha a 20 anos no projeto, ressalta que o objetivo é resgatar jovens da marginalidade e da vida de risco e violência. Segundo ela, Daniel foi uma das surpresas do grupo e sempre se destacou nas atividades voluntárias. "Daniel era um menino tímido, mas muito firme nas decisões que tomava. Muito inteligente sempre levava as lições da sala de aula para a sua vida", diz.
Foi através da força de vontade e dividindo espaço com o fogão, a geladeira e a mesa a cozinha que Daniel Alves estudou diariamente e conseguiu uma bolsa em uma faculdade particular. Hoje, ele cursa Administração. Mas, a conquista não bastou para o estudante. Daniel queria mesmo era estudar Inglês e conhecer os Estados Unidos.
Autodidata, o menino estudou sozinho a língua estrangeira e conseguiu passar no teste de nível da Casa de Cultura Britânica, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Em julho deste ano, Daniel deu outro grande passo em sua vida e foi selecionado para o I Fórum Juventude por Capacitação, promovido pela Organização Não Governamental (ONG) React and Chance, que reuniu jovens de todos o Brasil para discutirem sobre a desigualdade de gênero e apatia juvenil. Foi durante o fórum que Daniel encontrou representantes da Embaixada Americana que o falaram a respeito do Student Leaders. Programa que seleciona anualmente 20 jovens de todo o País para um intercâmbio de cinco semanas nos Estados Unidos.
Com muito esforço e dedicação Daniel passou no teste e próximo mês estará partindo em direção aos Estados Unidos com todas as despesas pagas. "Eu achava que seria impossível ir para outro país sendo um menino pobre, mas vi na educação a minha porta para o sucesso. Acredito que todos os jovens possuem a mesma chance que eu tive. Basta ter força de vontade", diz. Apesar das cobranças da família para que ele começasse a trabalhar cedo, Daniel insistiu em seu propósito de vencer na vida por meio dos estudos.
Karla CamilaRepórter / DN
Considerada uma das áreas mais perigosas de Fortaleza o Grande Bom Jardim já foi palco de 124 assassinatos desde o dia 1º de janeiro até ontem. Porém, a violência na área diminuiu se compararmos com os assassinatos cometidos no ano de 2010, 178. Os dados são baseados em um levantamento realizado pelo Diário do Nordeste a partir do acompanhamento que é feito dos casos de homicídio no Estado. Essa queda se deve ao desenvolvimento de projetos sociais que incentivam centenas de crianças e jovens a enxergarem um futuro melhor através da educação.
Como exemplo temos a história do estudante universitário Francisco Daniel Alves Albuquerque, 19 anos, morador do bairro Bom Jardim. Aos 4 anos de idade a mãe do garoto a dona de casa Lúcia Alves e o pai Lorival Albuquerque que é analfabeto, o inscreveram no Projeto Social José Henrique, da Fundação Erica Mota, que funciona no bairro. Foi o ponto de partida para uma história de muitas vitórias na vida do estudante.
A professora de Língua Portuguesa que trabalha a 20 anos no projeto, ressalta que o objetivo é resgatar jovens da marginalidade e da vida de risco e violência. Segundo ela, Daniel foi uma das surpresas do grupo e sempre se destacou nas atividades voluntárias. "Daniel era um menino tímido, mas muito firme nas decisões que tomava. Muito inteligente sempre levava as lições da sala de aula para a sua vida", diz.
Foi através da força de vontade e dividindo espaço com o fogão, a geladeira e a mesa a cozinha que Daniel Alves estudou diariamente e conseguiu uma bolsa em uma faculdade particular. Hoje, ele cursa Administração. Mas, a conquista não bastou para o estudante. Daniel queria mesmo era estudar Inglês e conhecer os Estados Unidos.
Autodidata, o menino estudou sozinho a língua estrangeira e conseguiu passar no teste de nível da Casa de Cultura Britânica, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Em julho deste ano, Daniel deu outro grande passo em sua vida e foi selecionado para o I Fórum Juventude por Capacitação, promovido pela Organização Não Governamental (ONG) React and Chance, que reuniu jovens de todos o Brasil para discutirem sobre a desigualdade de gênero e apatia juvenil. Foi durante o fórum que Daniel encontrou representantes da Embaixada Americana que o falaram a respeito do Student Leaders. Programa que seleciona anualmente 20 jovens de todo o País para um intercâmbio de cinco semanas nos Estados Unidos.
Com muito esforço e dedicação Daniel passou no teste e próximo mês estará partindo em direção aos Estados Unidos com todas as despesas pagas. "Eu achava que seria impossível ir para outro país sendo um menino pobre, mas vi na educação a minha porta para o sucesso. Acredito que todos os jovens possuem a mesma chance que eu tive. Basta ter força de vontade", diz. Apesar das cobranças da família para que ele começasse a trabalhar cedo, Daniel insistiu em seu propósito de vencer na vida por meio dos estudos.
Karla CamilaRepórter / DN
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