A primeira coisa a fazer depois dessa greve da policia militar do Ceará é pegar essa mídia da bala e pôr para fazer um tratamento psiquiátrico, uma terapia grupal com Valton de Miranda Leitão, Antonio Mourão e Airton Monte, pra ficar só em três cobras criadas do inconsciente coletivo. Mas estão todos convidados a ministrar aulas de civilidade e investigação jornalística aos que fazem a mídia nativa, que ficou e nos deixou mais perdida do que cego em tiroteio no escuro. E as redes sociais se embalaram no impressionismo do pânico instantâneo. Umberto Eco tem razão: muita informação deforma o real. Até hoje pairam dúvidas do que de fato aconteceu, um balanço concreto dos acontecimentos. Daí vivermos da fragilidade da informação confiável e arrastados pelo redemoinho de boatos e pânico espalhados na cidade.
Não é mentira: o Ceará parou e não dormiu direito no dia 3 de janeiro de 2012. Todos foram se esconder para ver por entre as frestas das janelas o arrastão anunciado, real ou imaginário, passar! E ele não veio. O terror foi tamanho que até os ladrões profissionais não tiveram coragem de sair para as ruas com medo de serem surpreendidos por um amador! A máquina demente provocou pânico e estupor. A histeria da mídia arrodeando, por todos os lados, arrastões imaginários ou pontuais, fizeram ressurgir até cenas reeditadas do passado. Talvez buscassem imprimir realidade no que era imaginário, visando suprir as aclamações de radialistas atacados por esquizofrenia paranóica ou coisa que o valha. A perplexidade gerada nesta terça feira em Fortaleza e em todo o Ceará é uma tese viva, coisa que deve ser profundamente analisada pela psiquiatria e as escolas de jornalismo. Foi tudo magicamente programado. Eles contaram até com a psique do governador Cid Gomes que é outro que deve participar dessa terapia, junto com o capitão Wagner. Todo mundo pro divã. Faltou uma fala da autoridade responsável, que é a do Estado do Ceará. Pois não se sabe onde se escondeu o Secretário de Segurança Pública e em que país se encontrava o Governador Cid Gomes.
O certo é que se imaginavam que o caos iria eclodir no réveillon da paz; deram com os burros n água. Lá reinou a alegria irradiante, soberba no meio da multidão de um milhão e meio pacifica e ordeira.
Por outro lado, no atoleiro das informações desencontradas, resta saber se a greve era um dado de realidade anunciado. E quais as razões para não negociar e conter os seus ímpetos. Existem muitas coisas a serem explicadas e esmiuçadas. A sociedade cearense não pode ficar a mercê do disse me disse e nem com os nervos a flor da pele. Ao poder público cabe manter a paz e não promover o pânico ou deixar brechas para o terrorismo de oportunismo.
Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior - memorialista -
blog da Dilma
Vem cá: é ordeiro um povo cujos homens, no dito carnaval ordeiro, põem o bilau pra fora e urinam no meio da rua em frente a mulheres e crianças? Violência é só quando diz respeito a trauma físico? Pode até não ter ocorrido agressões e assaltos no "ordeiro " Rèveillon, mas que houve violência, isso houve. Para essa, polícia não resolve. Só a escola e a cultura de um espírito comedido, coisas inexistentes em nosso meio.
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