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terça-feira, 10 de abril de 2012

Em 60 dias, famílias carentes vão pagar R$ 13 por telefone

A partir do dia 8 de junho as famílias de baixa renda, cadastradas no CadÚnico, que reúne programas sociais do governo federal, vão pagar R$ 13,31 (já com todos os tributos) para ter acesso à telefonia fixa básica em casa. O usuário poderá falar 90 minutos todo mês, mas só poderá fazer chamadas locais entre telefones fixos.
O serviço, chamado de Aice (Acesso Individual Classe Especial), já existe. No entanto, custa R$ 24,14 e é direcionado a qualquer brasileiro, já que não existia critério social ou de renda para o produto. Mas com a nova medida quem não estiver cadastrado nos programas sociais terá de mudar para  plano alternativo, que seja similar. “Já os usuários cadastrados no CadÚnico podem ser migrados automaticamente para as novas regras”, explicou o especialista em regulação da Anatel ( Agência Nacional de Telecomunicações) Eduardo Jacomassi. Mas a inclusão será aos poucos. No primeiro ano serão aqueles com renda de até um salário-mínimo, no segundo até dois salários e, no terceiro ano, quem ganha até três mínimos.
Ele orienta que para comprovar o cadastro, é preciso informar à operadora o NIS (Número de Inscrição Social) e o CPF.
Segundo a Anatel, 22 milhões de famílias devem se beneficiar com a medida. Além disso, a receita das empresas deve reduzir entre R$ 800 milhões e R$ 1,4 bilhão. Por outro lado, especialistas afirmam que as operadoras vão ganhar com a nova decisão. “Os clientes vão ficar a vontade para usar mais o serviço, o que não é uma redução do lucro das empresas, que ainda vão atrair mais consumidores”, explicou o professor da Fiap Marcos Crivelaro, que é especialista em matemática financeira e consultor em finanças.
De acordo com ele, as famílias gastam, em média, entre R$ 40 e R$ 50 por mês com telefone. “Mas R$ 50 já impactam nas finanças. Para quem ganha um salário-mínimo, uma despesa entre R$ 25 e R$ 35 com telefone (o equivalente a 5%), está razoável ”, explicou o especialista.
Crivelaro também lembrou que o telefone em casa onera menos o orçamento. “Com o celular, por exemplo, além das conversas comuns, há a internet, que custa caro. Por outro lado, o gasto com telefonia fixa corresponde, em média, à metade desse custo”, concluiu o professor.

DGABC

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