Extraído do Livro CRÔNICAS sobre CRÔNICAS de Gonzaga Barbosa. Em fase de publicação.
QUERO UM TEMPO...
QUERO UM TEMPO. O QUE ISSO SIGNIFICA? Em qual circunstância você pediria um tempo a alguém? Na ascensão de um novo amor ou numa turbulência acometida ao seu relacionamento por um conflito entre a razão e o coração? Quero um tempo... Não é um ato de covardia de quem não tem coragem de dizer – não te amo mais... Se presume o dicionário dos românticos que um tempo é cabível, mas nunca apropriado pelo fato de um sofrer sozinho. Entre a realidade ou a ficção o melhor seria estamos nojento demais para continuar juntos, e sentimento exagerado (ou de menos) pode causar um grande mal! A liberdade da libertinagem explica, a vaidade de um pode até não ser a vaidade do outro, mas se concebe que o poder absoluto de quem aceita outro dia possa ignorar esse tempo pedido. Já se referia a lei de Talião OLHO POR OLHO DENTE POR DENTE e se Freud explica o tempo passa e a vida não pára para levitar diante de um tão mirrado sentimento.
Dizem que os fortes sabem amar – e desamar na hora que quiser mais aparentemente os fracos tem se sobressaído muito bem, quando se obstina a uma solução. Como? Perguntaria o forte? – as graças do amor, o amor de verdade onde os olhos não vejam, mas o coração latente almeje o amor próprio e a compreensão. Não sendo verdadeiro ou único diz o amor, não há mais tempo para ser fraco. E agora só precisa de um pouquinho do tempo para ser feliz... O tempo passou, e agora? Será que há de vir um outro tempo capaz de resistir à erosão do antes? E os dissabores serão que justificam – se, em sentir que algo implora o perdão? É á vida e tudo pode acontecer mesmo que se tente rotular as engrenagens do tempo.
Você só precisa de um tempo para sorrir, para amar e para ser feliz. Você só precisa de um tempo para poder dizer que sublime é conhecer as pessoas suas indiferenças e seus caprichos. Você só precisa de um tempo para resistir às tentações, para diferenciar o (joio do trigo) e abraçar com veemência quem te quer tanto bem. Você não precisa de um tempo para reconhecer que a ingratidão teve pouco tempo para ser agraciada. Que beldade é esse tempo que se encarrega de resolver os problemas de todos e mesmo assim ainda se põe a digladiar com o tempo indevido. Aceitar ou não o tempo, pode ser um critério, um clichê. Entender ou não o tempo pode até ser uma virtude. Quiçá não seja uma perca de tempo encarregar o tempo pra cuidar do EU ou do VOCÊ, porque o tempo na sua plenitude não espera por NINGUÉM.
Gonzaga Barbosa
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