Quando acordaram na manhã de anteontem, os três filhos de Renata Rocha Araújo, de 28 anos, viram-na na cama e pensaram que a mãe havia apenas perdido o horário de levantar. No entanto, a mulher, que trabalhava na função de serviços gerais e acordava todos os dias bem cedo, estava morta.
Renata foi assassinada por estrangulamento, e o marido dela, Evandro Soares Carvalho, de 32, é o principal suspeito, segundo a Polícia Militar. O crime ocorreu no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
A morte de Renata foi descoberta pela irmã mais nova dela, que prefere não ser identificada. "Cheguei em casa ao meio-dia e vi que meus sobrinhos não tinham ido para a escola, disseram que não conseguiram acordar a mãe. Quando fui ao quarto, vi que ela estava estrangulada", contou.
Ainda segundo a irmã, Renata estava em processo de separação. Contrariado, Souza teria feito várias ameaças contra ela e teria tentado matá-la em outra ocasião, há cerca de dois meses. Renata entrou com pedido de medida protetiva contra o marido, mas a solicitação foi negada pela Justiça por falta de provas.
"Quando ela entrou com o pedido, ainda estava com o rosto todo marcado pelas agressões. Não tomaram providência, e agora ela está morta. Precisa de prova maior do que essa?", desabafou a irmã.
A reportagem entreou em contato com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para saber o motivo da negação do pedido, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Evandro Carvalho fugiu da residência e também não foi encontrado no local de trabalho, uma loja de consertos de aparelhos celulares. A família da vítima acredita que ele tenha saído de Belo Horizonte. Ele costumava sair para trabalhar por volta das 8h, mas, no dia do crime, saiu antes das 5h e não voltou mais.
De acordo com a PM, apesar do processo de separação, Carvalho tinha muito ciúme de Renata.
Os três filhos do casal, de 9, 12 e 13 anos, ficaram sob os cuidados da irmã mais nova de Renata.
OTEMPO
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