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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Corinthians e Santos desafiam escritas e decidem finalista

No 'jogo do ano', o time de Neymar tentará furar defesa invicta em casa nesta Libertadores - e equipe comandada por Tite busca chegar à primeira decisão.

Na partida mais esperada do ano, dois clubes brasileiros decidem nesta quarta-feira uma vaga na final da Copa Libertadores - e um lugar na história. Corinthians e Santos chegam para a semifinal, às 21h50 (horário de Brasília), no Pacaembu, em São Paulo, com o desafio de quebrar marcas importantes. O visitante Santos, que tenta comemorar o tetra da Libertadores no ano de seu centenário, encara seu maior rival com a missão de marcar pelo menos um gol contra um time que não sofreu nenhum jogando em casa no torneio todo. O time da casa busca chegar pela primeira vez à decisão dessa competição.

Nos 52 anos de história da Libertadores, São Paulo e Santos já ganharam três títulos cada, e o Palmeiras faturou um. Entre os grandes paulistas, só o Corinthians jamais ganhou nem decidiu o título continental. Esta é a segunda oportunidade da equipe alcançar a final. O segundo clube mais popular do país fracassou em 2000, diante do Palmeiras, e desta vez depende de empate com o Santos depois de ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, há uma semana, na Vila Belmiro (na galeria de fotos acima, imagens do jogo). O autor do gol, Emerson, foi expulso e está suspenso. Ele será substituído por Willian.
Equilíbrio - A principal esperança do único time invicto na competição é sua forte defesa, a menos vazada até aqui, com só dois gols sofridos - o último foi na penúltima rodada da fase de grupos, em jogo contra o Nacional do Paraguai. Se passar o jogo desta quarta sem sofrer gols, a exemplo do que ocorreu nos últimos seis compromissos pela competição, a torcida finalmente poderá comemorar a inédita classificação. O problema está no ataque. Com exceção de dois resultados folgados, contra os fracos Deportivo Táchira (6 a 0) e Emelec (3 a 0), o Corinthians teria um dos ataques menos eficientes do torneio.

Para o técnico Tite, a escassez de gols não preocupa. "Vejo equilíbrio no time. Mais do que não sofrer gol, procuro ter como referência o saldo final. Saldo mostra equilíbrio. O número que você faz menos o número que você toma. Isso, para mim, é a referência mais importante", diz ele. Apesar da marca invejável dos corintianos na defesa, os jogadores do Santos acreditam que a reviravolta fora de casa não é missão impossível. "Por que não podemos ir lá e vencer? Temos chances. Vai ser um jogo muito mais difícil do que o primeiro, mas vamos estar mais preparados desta vez", avisou o volante Arouca.

Paciência - O técnico Muricy Ramalho alertou a equipe para não confundir raça com afobação, mantendo a inteligência e a cabeça fria para conseguir a vitória. Se o Santos fizer 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis. Com qualquer outra vitória por um gol de diferença, como 2 a 1 ou 3 a 2, são os santistas que vão à final. Uma missão que o técnico considera viável, desde que seus jogadores tenham paciência. "O Corinthians dá prioridade à marcação e joga no erro do rival. Por isso, a calma com a posse da bola é mais importante do que a garra. Só na base da raça não dá. Teremos que jogar mais do que na Vila."

A principal arma santista para tentar bater o Corinthians, claro, é Neymar. O atacante, que teve seu cansaço como tema principal da troca de farpas entre o presidente santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, e a CBF, principalmente através do diretor de seleções, o corintiano Andrés Sanchez (no vídeo abaixo, Mano Menezes comenta o caso), está recuperado do desgaste físico acumulado nos últimos tempos. Por isso, segundo seus companheiros de equipe, a expectativa é de que ele brilhe. No jogo desta quarta, ele atuará aberto pela esquerda - o Santos terá três atacantes, com Borges e Alan Kardec fazendo companhia a Neymar na frente.


(Com agência Gazeta Press) via Veja

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