Peemedebista acusa o PT e a prefeita de praticarem ilegalidades, e os petistas ficam calados na Assembleia
O deputado Carlomano Marques (PMDB) levou à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, duas denuncias contra o Partido dos Trabalhadores (PT). A primeira é de que o PT teria "comprado o PTC" para apoiá-lo na eleição em Fortaleza e a segunda é que a licitação da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), no valor de R$ 138 milhões, seria para a formação de um caixa dois para a campanha do partido na Capital.
Deputado Carlomano Marques diz que da licitação para a iluminação pública sairão recursos para a formação de caixa dois da campanha do PT FOTO: JOSÉ LEOMAR
"A Luizianne Lins foi à feira comprar partido e comprou vários, um exemplo é o PTC", afirma o parlamentar. Segundo o peemedebista, para ter o apoio do PTC e ganhar algum tempo a mais na televisão e no rádio, o PT fez um acordo envolvendo a Prefeitura e a família do presidente estadual do partido, Stanley Leão, para o pagamento de um precatório no valor de R$ 3 milhões de reais em seis parcelas de R$ 500 mil.
Carlomano ainda se reportou ao problema da briga interna no PTC, onde, para reverter a decisão sobre a nulidade do ato da direção nacional que indicou Stanley, afastando os antigos dirigentes da agremiação no Ceará. Segundo o deputado, foi contratado um dos mais caros escritórios de Brasília, para defender a posição de Stanley na Justiça do Distrito Federal.
Fundo Partidário
Para o peemedebista, na verdade, quem pagou o escritório de Fernando Neves foi o PT, pois o PTC não teria condições para isso, visto que o fundo partidário da legenda é cerca de R$ 3 mil. "Será que o PTC iria pagar a banca de Justiça Eleitoral mais cara do Brasil com um fundo partidário de R$ 3 mil?", questionou.
Carlomano Marques disse ainda haver a existência de convênios realizados entre a Prefeitura e uma Organização Não Governamental (ONG), ligada à família de Stanley Leão e do vereador Casimiro Neto, vereador do PP ligado a Luizianne Lins. O peemedebista prometeu levar as denúncias ainda ontem ao Ministério Público estadual, para apuração dos crimes.
O deputado do PMDB também citou no rol dos partidos que teriam sido comprados pelo PT de Fortaleza, o PTdoB, um dos que já realizaram convenção municipal e oficializaram apoio à candidatura de Elmano de Freitas (PT) à Prefeitura da Capital.
Caixa dois
Mas não é somente isso. Carlomano Marques acusa o PT de estar formando um caixa dois, a partir da licitação da AMC para a iluminação pública, a ser usado na campanha do partido em Fortaleza. Apesar de tantos questionamentos levantados sobre a licitação, o deputado disse não entender porque a AMC insiste em levar adiante esse certame.
"A pergunta é simples: estamos às vésperas de uma eleição, por que será que a AMC faz todo tipo de maracutaia, engodo para que essa licitação ocorra? Será que tem alguma coisa a ver com caixa dois?", pergunta, afirmando logo em seguida que sim, há a existência de um caixa dois para a campanha do PT a partir de uma licitação "dirigida" à empresa Citéluz que, "há 10 anos rouba dinheiro do fortalezense".
O parlamentar vem acompanhando essa licitação e já criticou o certame em outros pronunciamentos. Disse até que havia um "conluio" entre a AMC, a Citéluz e o juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública, Carlos Augusto Gomes Correia, para manter a empresa no certame, enquanto pesa sobre a Citéluz vários questionamentos, como a alteração em um documento em francês apresentado pela empresa.
Ele diz ter representado contra o juiz na Corregedoria do Poder Judiciário e na segunda esteve com o desembargador Francisco Câmara, relator de um agravo de instrumento contra a decisão do juiz que ordenou a continuidade da licitação que ele próprio havia suspendido, a pedido do MP Estadual.
Silêncio dos petistas
Ninguém do PT se manifestou sobre o assunto. Apenas o deputado Augustinho Moreira (PV) disse ser contrário a discussão desses temas na tribuna da Assembleia, principalmente, debater questões que envolvem outros partidos. "Carlomano Marques é do PMDB, o que tem a ver com o PTC?", perguntou, complementando, "isso não cabe discutir aqui, devemos tratar de questões cruciais que afetam o povo", disse o parlamentar.
Desde a saída do deputado Antônio Carlos da liderança do Governo e da Assembleia, todas as críticas e acusações feitas à administração da prefeita Luizianne Lins, no plenário do Legislativo ficam sem o contraditório da parte de alguém do PT.
DN
O deputado Carlomano Marques (PMDB) levou à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, duas denuncias contra o Partido dos Trabalhadores (PT). A primeira é de que o PT teria "comprado o PTC" para apoiá-lo na eleição em Fortaleza e a segunda é que a licitação da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), no valor de R$ 138 milhões, seria para a formação de um caixa dois para a campanha do partido na Capital.
Deputado Carlomano Marques diz que da licitação para a iluminação pública sairão recursos para a formação de caixa dois da campanha do PT FOTO: JOSÉ LEOMAR
"A Luizianne Lins foi à feira comprar partido e comprou vários, um exemplo é o PTC", afirma o parlamentar. Segundo o peemedebista, para ter o apoio do PTC e ganhar algum tempo a mais na televisão e no rádio, o PT fez um acordo envolvendo a Prefeitura e a família do presidente estadual do partido, Stanley Leão, para o pagamento de um precatório no valor de R$ 3 milhões de reais em seis parcelas de R$ 500 mil.
Carlomano ainda se reportou ao problema da briga interna no PTC, onde, para reverter a decisão sobre a nulidade do ato da direção nacional que indicou Stanley, afastando os antigos dirigentes da agremiação no Ceará. Segundo o deputado, foi contratado um dos mais caros escritórios de Brasília, para defender a posição de Stanley na Justiça do Distrito Federal.
Fundo Partidário
Para o peemedebista, na verdade, quem pagou o escritório de Fernando Neves foi o PT, pois o PTC não teria condições para isso, visto que o fundo partidário da legenda é cerca de R$ 3 mil. "Será que o PTC iria pagar a banca de Justiça Eleitoral mais cara do Brasil com um fundo partidário de R$ 3 mil?", questionou.
Carlomano Marques disse ainda haver a existência de convênios realizados entre a Prefeitura e uma Organização Não Governamental (ONG), ligada à família de Stanley Leão e do vereador Casimiro Neto, vereador do PP ligado a Luizianne Lins. O peemedebista prometeu levar as denúncias ainda ontem ao Ministério Público estadual, para apuração dos crimes.
O deputado do PMDB também citou no rol dos partidos que teriam sido comprados pelo PT de Fortaleza, o PTdoB, um dos que já realizaram convenção municipal e oficializaram apoio à candidatura de Elmano de Freitas (PT) à Prefeitura da Capital.
Caixa dois
Mas não é somente isso. Carlomano Marques acusa o PT de estar formando um caixa dois, a partir da licitação da AMC para a iluminação pública, a ser usado na campanha do partido em Fortaleza. Apesar de tantos questionamentos levantados sobre a licitação, o deputado disse não entender porque a AMC insiste em levar adiante esse certame.
"A pergunta é simples: estamos às vésperas de uma eleição, por que será que a AMC faz todo tipo de maracutaia, engodo para que essa licitação ocorra? Será que tem alguma coisa a ver com caixa dois?", pergunta, afirmando logo em seguida que sim, há a existência de um caixa dois para a campanha do PT a partir de uma licitação "dirigida" à empresa Citéluz que, "há 10 anos rouba dinheiro do fortalezense".
O parlamentar vem acompanhando essa licitação e já criticou o certame em outros pronunciamentos. Disse até que havia um "conluio" entre a AMC, a Citéluz e o juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública, Carlos Augusto Gomes Correia, para manter a empresa no certame, enquanto pesa sobre a Citéluz vários questionamentos, como a alteração em um documento em francês apresentado pela empresa.
Ele diz ter representado contra o juiz na Corregedoria do Poder Judiciário e na segunda esteve com o desembargador Francisco Câmara, relator de um agravo de instrumento contra a decisão do juiz que ordenou a continuidade da licitação que ele próprio havia suspendido, a pedido do MP Estadual.
Silêncio dos petistas
Ninguém do PT se manifestou sobre o assunto. Apenas o deputado Augustinho Moreira (PV) disse ser contrário a discussão desses temas na tribuna da Assembleia, principalmente, debater questões que envolvem outros partidos. "Carlomano Marques é do PMDB, o que tem a ver com o PTC?", perguntou, complementando, "isso não cabe discutir aqui, devemos tratar de questões cruciais que afetam o povo", disse o parlamentar.
Desde a saída do deputado Antônio Carlos da liderança do Governo e da Assembleia, todas as críticas e acusações feitas à administração da prefeita Luizianne Lins, no plenário do Legislativo ficam sem o contraditório da parte de alguém do PT.
DN
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