Partes ambulatorial e laboratorial já vão receber pacientes; filas para consultas e exames devem diminuir
O Hospital da Mulher (HM) é uma promessa da gestão Luizianne Lins que data do primeiro mandato, com início em 2005. Após quatro anos de obras e depois de adiar várias vezes a sua inauguração, está marcado para o próximo mês o início do funcionamento parcial da unidade especializada. Ao todo foram gastos mais de R$ 80 milhões, sendo R$ 46 milhões oriundos do Ministério da Saúde.
As obras duraram quatro anos e foram investidos R$ 80 milhões. Segundo a secretária municipal de Saúde, Ana Maria Fontenele, vão ser implantados os leitos da Rede Cegonha, programa do Governo Federal Foto: Kid Júnior
A secretária municipal da Saúde, Ana Maria Fontenele, anunciou, ontem, em coletiva realizada no próprio hospital para apresentar a conclusão da parte interna deste, que, em julho, devem começar a funcionar as partes ambulatorial e laboratorial do HM. Ao todo, estarão abertos 16 ambulatórios com consultas previamente marcadas.
"A unidade é 100% regulada, por isso, não terá atendimento de emergência. E, para as consultas, iremos considerar as maiores demandas em especialidades do gênero", explicou.
Com a entrada em funcionamento do Hospital, pretende-se reduzir as filas para consultas ambulatoriais, cirurgias eletivas e exames. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até ontem, as filas para consultas médicas especializadas, pelo menos em cirurgia plástica era de 106 mulheres, endocrinologista e metabologista (3.056), obstetra (273) e mastologista (1).
Ela informou que, de um modo mais imediato, vão ser implantados os leitos da Rede Cegonha, programa do Governo Federal. Ao todo, são 24 leitos, o que permitirá a realização de 250 partos mês. "Entraremos com a Rede Cegonha e 40 leitos de retaguarda para o Instituto Doutor José Frota, isso, dentro do componente hospitalar do SOS Emergência", disse a titular da SMS.
Despesas
Sobre o custeio, a previsão é que, no segundo mês de funcionamento, a despesa chegue a R$ 3 milhões, incluindo a folha de pagamento dos funcionários. Já em sua plena atuação, com todos os 180 leitos, os gastos subirão para R$ 6 milhões.
O secretário da gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, anunciou que, para o custeio da unidade, a SMS deve receber um incentivo mensal do Governo Federal de mais de R$ 1,2 milhão, somente pela Rede Cegonha.
"Além disso, teremos outros serviços de outras modalidades que também devem ser custeados, pois entendemos que a unidade é referência da Rede Cegonha. Esses recursos serão credenciados com seus serviços pelo Ministério, seja na parte ambulatorial, seja na parte de leitos", explicou Monteiro.
Em relação à equipe médica, o coordenador da Gestão Hospitalar da SMS, Helly Ellery, afirma que em torno de 130 médicos devem trabalhar no HM.
Segundo ele, foram utilizadas duas estratégias. A primeira foi o credenciamento de médicos já pertencentes à rede de saúde pública municipal, o aproveitamento dos que prestaram concurso público. Há também, com a flexibilização do Ministério da Saúde e com os médicos do Programa de Saúde da Família (PSF), a possibilidade de alguns irem para o HM, pois existem muitos especialistas na rede.
Concurso
O coordenador explicou que serão chamados 180 médicos do último concurso público realizado em 2008. Estes serão distribuídos pelos hospitais da rede e os médicos mais antigos, e já credenciados para o HM, terão prioridade para preencher o quadro da unidade especializada.
Ellery informou também que a unidade é para atender a demanda de Fortaleza, porém, é possível que venha pacientes do Interior, mas serão regulados pela Central de Regulação e Internação do Município.
"A intenção é abrir com 18 leitos de clínica e 21 para cirurgia, inclusive para retaguarda do Instituto Doutor José Frota (IJF). Aqui, vai funcionar a traumatortopedia e a cirurgia plástica do IJF", afirma.
São 18 ambulatórios de diferentes especialidades, como, biopsia de mama e de colo de útero. Ou seja, ocorre uma ampliação do serviço. "Conversamos com a Universidade Federal do Ceará e o Hospital São José a fim de firmarmos parcerias".
Custos
6 milhões de reais é a previsão de despesas no Hospital da Mulher quando estiver em plena ação, com 180 leitos, incluindo a folha de pagamento dos funcionários
Espaço de hospital equivale a sete campos de futebol
O hospital está construído em um terreno de 70.746,32 metros quadrados. Para se ter uma ideia da dimensão, o espaço equivale a pouco mais de sete campos de futebol oficiais. A área total construída representa 26.465 metros quadrados e está dividida em quatro blocos. A parte interna está totalmente concluída, resta apenas a fase de instalação dos equipamentos e mobiliário, e a urbanização da área externa.
No primeiro bloco, funcionarão a administração, já equipada com o mobiliário de escritório, além dos consultórios, laboratórios de análises clínicas, serviço de pronto atendimento, centro de parto normal e parto cirúrgico, centro de terapias alternativas, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e centro cirúrgico. Este último conta com oito mesas cirúrgicas, sendo uma para cirurgia traumato-ortopédica, uma para cirurgia da obesidade, quatro para cirurgia geral e duas para cirurgia obstétrica.
Também no primeiro bloco, funcionará o centro de imagens, onde já foram montados tomógrafo e mamógrafo. O sistema de tomografia computadorizada, em espiral para corpo inteiro, tem a capacidade de receber quatro pacientes por hora.
Já o mamógrafo, um dos mais modernos na tecnologia da imagem em mamografia, com apenas três modelos na rede pública do país, realiza o exame de mamografia digital 3D tomossíntese, e realiza mil exames mês.
Segundo o coordenador da gestão hospitalar da Capital, Helly Ellery, o equipamento permite uma nova modalidade de exame aplicada à mama, que adquire imagens tridimensionais do tecido mamário.
Nos demais blocos, haverá enfermarias, farmácia, almoxarifado, necrotério, salas de oficina e manutenção, além de placas coletoras solares, cuja energia térmica absorvida servirá para o aquecimento da água utilizada para banho.
THAYS LAVORREPÓRTER
O Hospital da Mulher (HM) é uma promessa da gestão Luizianne Lins que data do primeiro mandato, com início em 2005. Após quatro anos de obras e depois de adiar várias vezes a sua inauguração, está marcado para o próximo mês o início do funcionamento parcial da unidade especializada. Ao todo foram gastos mais de R$ 80 milhões, sendo R$ 46 milhões oriundos do Ministério da Saúde.
As obras duraram quatro anos e foram investidos R$ 80 milhões. Segundo a secretária municipal de Saúde, Ana Maria Fontenele, vão ser implantados os leitos da Rede Cegonha, programa do Governo Federal Foto: Kid Júnior
A secretária municipal da Saúde, Ana Maria Fontenele, anunciou, ontem, em coletiva realizada no próprio hospital para apresentar a conclusão da parte interna deste, que, em julho, devem começar a funcionar as partes ambulatorial e laboratorial do HM. Ao todo, estarão abertos 16 ambulatórios com consultas previamente marcadas.
"A unidade é 100% regulada, por isso, não terá atendimento de emergência. E, para as consultas, iremos considerar as maiores demandas em especialidades do gênero", explicou.
Com a entrada em funcionamento do Hospital, pretende-se reduzir as filas para consultas ambulatoriais, cirurgias eletivas e exames. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até ontem, as filas para consultas médicas especializadas, pelo menos em cirurgia plástica era de 106 mulheres, endocrinologista e metabologista (3.056), obstetra (273) e mastologista (1).
Ela informou que, de um modo mais imediato, vão ser implantados os leitos da Rede Cegonha, programa do Governo Federal. Ao todo, são 24 leitos, o que permitirá a realização de 250 partos mês. "Entraremos com a Rede Cegonha e 40 leitos de retaguarda para o Instituto Doutor José Frota, isso, dentro do componente hospitalar do SOS Emergência", disse a titular da SMS.
Despesas
Sobre o custeio, a previsão é que, no segundo mês de funcionamento, a despesa chegue a R$ 3 milhões, incluindo a folha de pagamento dos funcionários. Já em sua plena atuação, com todos os 180 leitos, os gastos subirão para R$ 6 milhões.
O secretário da gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, anunciou que, para o custeio da unidade, a SMS deve receber um incentivo mensal do Governo Federal de mais de R$ 1,2 milhão, somente pela Rede Cegonha.
"Além disso, teremos outros serviços de outras modalidades que também devem ser custeados, pois entendemos que a unidade é referência da Rede Cegonha. Esses recursos serão credenciados com seus serviços pelo Ministério, seja na parte ambulatorial, seja na parte de leitos", explicou Monteiro.
Em relação à equipe médica, o coordenador da Gestão Hospitalar da SMS, Helly Ellery, afirma que em torno de 130 médicos devem trabalhar no HM.
Segundo ele, foram utilizadas duas estratégias. A primeira foi o credenciamento de médicos já pertencentes à rede de saúde pública municipal, o aproveitamento dos que prestaram concurso público. Há também, com a flexibilização do Ministério da Saúde e com os médicos do Programa de Saúde da Família (PSF), a possibilidade de alguns irem para o HM, pois existem muitos especialistas na rede.
Concurso
O coordenador explicou que serão chamados 180 médicos do último concurso público realizado em 2008. Estes serão distribuídos pelos hospitais da rede e os médicos mais antigos, e já credenciados para o HM, terão prioridade para preencher o quadro da unidade especializada.
Ellery informou também que a unidade é para atender a demanda de Fortaleza, porém, é possível que venha pacientes do Interior, mas serão regulados pela Central de Regulação e Internação do Município.
"A intenção é abrir com 18 leitos de clínica e 21 para cirurgia, inclusive para retaguarda do Instituto Doutor José Frota (IJF). Aqui, vai funcionar a traumatortopedia e a cirurgia plástica do IJF", afirma.
São 18 ambulatórios de diferentes especialidades, como, biopsia de mama e de colo de útero. Ou seja, ocorre uma ampliação do serviço. "Conversamos com a Universidade Federal do Ceará e o Hospital São José a fim de firmarmos parcerias".
Custos
6 milhões de reais é a previsão de despesas no Hospital da Mulher quando estiver em plena ação, com 180 leitos, incluindo a folha de pagamento dos funcionários
Espaço de hospital equivale a sete campos de futebol
O hospital está construído em um terreno de 70.746,32 metros quadrados. Para se ter uma ideia da dimensão, o espaço equivale a pouco mais de sete campos de futebol oficiais. A área total construída representa 26.465 metros quadrados e está dividida em quatro blocos. A parte interna está totalmente concluída, resta apenas a fase de instalação dos equipamentos e mobiliário, e a urbanização da área externa.
No primeiro bloco, funcionarão a administração, já equipada com o mobiliário de escritório, além dos consultórios, laboratórios de análises clínicas, serviço de pronto atendimento, centro de parto normal e parto cirúrgico, centro de terapias alternativas, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e centro cirúrgico. Este último conta com oito mesas cirúrgicas, sendo uma para cirurgia traumato-ortopédica, uma para cirurgia da obesidade, quatro para cirurgia geral e duas para cirurgia obstétrica.
Também no primeiro bloco, funcionará o centro de imagens, onde já foram montados tomógrafo e mamógrafo. O sistema de tomografia computadorizada, em espiral para corpo inteiro, tem a capacidade de receber quatro pacientes por hora.
Já o mamógrafo, um dos mais modernos na tecnologia da imagem em mamografia, com apenas três modelos na rede pública do país, realiza o exame de mamografia digital 3D tomossíntese, e realiza mil exames mês.
Segundo o coordenador da gestão hospitalar da Capital, Helly Ellery, o equipamento permite uma nova modalidade de exame aplicada à mama, que adquire imagens tridimensionais do tecido mamário.
Nos demais blocos, haverá enfermarias, farmácia, almoxarifado, necrotério, salas de oficina e manutenção, além de placas coletoras solares, cuja energia térmica absorvida servirá para o aquecimento da água utilizada para banho.
THAYS LAVORREPÓRTER
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