Os Estados Unidos querem ver mais ação por parte do Brasil nas reações da comunidade internacional ao conflito entre oposição e governo na Síria, afirmou nesta sexta-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Mike Hammer.
"Queremos ver atividade no Conselho de Segurança da ONU e queremos que o Brasil faça parte desses esforços. Acreditamos que um país do nível do Brasil pode ter bastante influência e queremos que faça parte do esforço para pressionar [o ditador sírio, Bashar al] Assad e seus militares", disse.
Washington cobrou também mais apoio de Brasília ao plano de paz proposto pelo enviado especial da ONU, Kofi Annan, divulgado em abril.
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o massacre de Houla, em que 108 pessoas morreram no último dia 25. A única sinalização foi o voto favorável à resolução aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta sexta-feira.
Apenas Rússia, China e Cuba votaram contra a medida. Antes do massacre em Houla e após o acordo de cessar-fogo proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, quase 2.000 já morreram por conta da repressão do regime sírio e de confrontos com os movimentos insurgentes.
O massacre gerou nessa semana uma retaliação de dez países ocidentais, que expulsaram representantes sírios ou os declararam persona non grata.
O Brasil não aderiu à expulsão e ontem o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, disse ser contrário à medida
tribunahoje
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