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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Após dois anos de férias, O Rappa volta à ativa

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Após dois anos de férias, O Rappa volta à ativa e sai em turnê pelo Brasil. Amanhã, o show será em Fortaleza. O Zoeira conversou com o baterista e tecladista Marcelo Lobato sobre o retorno da banda aos palcos

Nesse período de "recesso" vocês se dedicaram a projetos solos. O Falcão com o Loucomotivos, você com o Afrika Gumbe... Como ficam esses trabalhos agora?

Eu pretendo continuar, até porque o Afrika Gumbe é um projeto menor. Além disso, nesse período, eu tive a oportunidade de tocar com outros cantores como, por exemplo, a Silvia Machete. É bacana ter a oportunidade de conviver com outro tipo de som. A agenda do Rappa está sempre lotada, mas quando me chamarem para apresentar o outro projeto eu vou. O Rappa é a prioridade do momento, mas é saudável tocar com outra banda também.

O que mais vocês fizeram durante esse período? E como superavam as saudades do grupo?

Cada um estava se dedicando a esses projetos paralelos e acabava se encontrando muito pouco. A gente já passava muito tempo viajando junto e esse tempo foi necessário pra poder valorizar a amizade e a até mesmo a "falta" que um faz ao outro. Mas a gente se falava o tempo todo pelo telefone. O público vai poder ver o reflexo dessa nossa "renovada" no show. Qualquer banda consideraria esse tempo necessário. Nossa decisão foi sábia.

Os repertórios dos shows de retorno estão contemplando a maioria dos álbuns do O Rappa e com algumas canções que há tempos não entravam nos shows. Com tanto tempo de estrada e tantos sucessos emplacados, como é na hora de montar o repertório?

Eu diria que depende muito do lugar. Depende também da gente, do nosso dia. Durante o show, a gente muda o "mapa de voo" também. Até porque, o improviso é uma das nossas referências e valorizamos isso. Estamos tocando mais músicas do último CD como, por exemplo, "Maria" e "Fininho".

No show que aconteceu na Marina da Glória, no Rio, houve algum momento que você destacaria como mais emocionante?

Acho que todos os momentos são emocionantes, mas eu destacaria o começo, a primeira música. O primeiro acorde foi primordial. A gente passou muito tempo fora dos palcos e a galera estava cobrando a volta. Os fãs eram até meio agressivos com isso.

Vocês foram confirmados no line up do Lollapalooza e ainda receberam muitos elogios do produtor Perry Farrel. Ele disse que o grupo tinha uma "linguagem tão universal que não é preciso saber o que estão cantando". O que acharam dessa declaração?

Eu concordo com ele. A linguagem musical é universal. Hoje em dia nós estamos muito mais ligados com a melodia, com a rítmica da música. A letra é importante, mas o ritmo é mais ainda. A linguagem musical não tem barreiras. E, é claro, fiquei muito lisonjeado com o elogio. Acho bacana o cara ter percebido isso e muito legal o reconhecimento e o respeito. Acho a ideia do Festival muito legal. O Brasil tá tendo muitos festivais de qualidade agora, não só no eixo Rio-São Paulo, e com um padrão de qualidade muito bom. Não deixamos nada a desejar.

Li que o próximo CD será lançado em 2012 e já tem nome ("Voltamos para fazer o mundo acabar"). Isso procede? Já há algo sobre o álbum que possam nos adiantar?

Isso é uma piada com a história que o mundo vai acabar no ano que vem. Mas nós pretendemos sim lançar um álbum novo em 2012, até porque faz muito tempo desde o último, "7 vezes". Só que ainda é muito precoce. Estamos conversando, escutando um ao outro. Vai ser um processo demorado, mas já tem coisas escritas.

Fortaleza sempre recebeu O Rappa com muita energia e a banda já esteve na cidade diversas vezes. O que o público pode esperar do show e o que a banda espera da cidade?

Faz um tempão que a gente não faz show em Fortaleza. Mas vai ser um show vibrante, se depender da gente. Sempre conseguimos fazer shows diferenciados em Fortaleza e cada um tem sua marca. Mas do que depender da gente vai ser muito tocante, principalmente com o cenário novo e o repertório. Espero que o público também ache.

MAIS INFORMAÇÕES
Show O Rappa. Amanhã, na Biruta (Praia do Futuro). Ingressos (2º lote): Pista: R$ 40,00 Frontstage: R$ 80,00. Abertura com Ponto de Equilíbrio. (3033.1010).

 DIÁRIO DO NORDESTE

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