O objetivo é trocar as sacolas por outras retornáveis ou aproveitar as caixas de fornecedores
Sobral Na manhã de ontem, foi realizada uma audiência para discutir o fim das sacolas plásticas distribuídas pelo comércio. Estiveram presentes representantes do Ministério Público, da Câmara dos Diligentes Lojistas e de supermercados locais. O objetivo da reunião foi atender à lei municipal número 1079 de junho do ano passado, que dispõe sobre a substituição de embalagens plásticas por congêneres biodegradáveis.
As alternativas apresentadas foram diversas, entre as quais, utilizar sacolas retornáveis, reaproveitar caixas de fornecedores e, ainda, o uso de sacolas plásticas biodegradáveis ou de papel. Para incentivar o consumidor, a proposta lançada pelo promotor público, Irapuan Dionísio Junior, foi de que as empresas oferecessem descontos para os que não levem as sacolinhas.
A discussão agrada algumas pessoas e desagrada outras. Alguns clientes da cidade de Sobral pedem que os supermercados deem as novas sacolas ou abaixem os preços das mercadorias Foto:Jéssyca rodrigues
A sugestão não foi bem aceita por alguns representantes de supermercados. Eles alegam que alguns clientes poderiam consumir mais que o necessário, já que o preço da sacola está embutido na compra.
De acordo com dados fornecidos pela gerência de uma rede de supermercados sobralense, por mês, só uma unidade utiliza cerca de 80 mil sacolas.
Problema
Para a superintendente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente (Amma), Mara Silva, as sacolas são um grave problema para a natureza, já que demoram muitos anos para se degradarem. O ideal seria reduzir a quantidade utilizada para garantir o futuro das próximas gerações.
"A iniciativa apresentada é bastante louvável. Hoje, o aterro sanitário recebe um alto volume de sacos plásticos, não só de Sobral, mas também de Municípios vizinhos. Além disso, o peso leve dos sacos faz com que o vento os leve facilmente quando estão vazios e, muitas vezes, eles acabam enganchando em árvores e na fiação elétrica, causando mais danos e problemas. Toda a sociedade sofre com isso", disse.
Um dos pontos que também foi discutido no encontro foi a cultura local. Segundo o promotor Irapuan, retirar as sacolas plásticas pode ser difícil porque muitas pessoas têm o hábito de reutilizá-las para o lixo doméstico. É o caso da secretária Ana Lucia Souza. Ela é contra a iniciativa, pois na sua casa a sacola sempre é utilizada para colocar lixo. "Eu não acho certo isso. A gente já paga pra ter a sacola no preço dos produtos, então, que eles nos deem as sacolas ou abaixem os preços das mercadorias. Eu vou sentir falta se tirarem elas, pois vou ter que passar a comprar aqueles sacos pretos, próprios para lixo", lembrou.
A superintendente da Amma entende que essa prática dificultará o processo de erradicação das sacolas. "As donas de casa colocam restos de comida dentro e o material da sacola é fino, além de não impedir a proliferação do cheiro. Os animais de rua, quando sentem o odor, rasgam, deixando o lixo pelo meio da rua", salientou.
Na avaliação dela, poderiam haver mais incentivos públicos nesse quesito, pois há apenas um programa municipal que atua de forma geral no assunto: "Sobral é a Maior Limpeza". Essa campanha tem como objetivo diminuir a emissão de qualquer tipo de resíduo na região.
Ao fim da reunião, ficou decidido que será realizada uma audiência pública para expor as propostas oficiais também para a população. A data marcada será no próximo dia 2 de julho e acontecerá no auditório da CDL, em Sobral.
JÉSSYCA RODRIGUESCOLABORADORA
Sobral Na manhã de ontem, foi realizada uma audiência para discutir o fim das sacolas plásticas distribuídas pelo comércio. Estiveram presentes representantes do Ministério Público, da Câmara dos Diligentes Lojistas e de supermercados locais. O objetivo da reunião foi atender à lei municipal número 1079 de junho do ano passado, que dispõe sobre a substituição de embalagens plásticas por congêneres biodegradáveis.
As alternativas apresentadas foram diversas, entre as quais, utilizar sacolas retornáveis, reaproveitar caixas de fornecedores e, ainda, o uso de sacolas plásticas biodegradáveis ou de papel. Para incentivar o consumidor, a proposta lançada pelo promotor público, Irapuan Dionísio Junior, foi de que as empresas oferecessem descontos para os que não levem as sacolinhas.
A discussão agrada algumas pessoas e desagrada outras. Alguns clientes da cidade de Sobral pedem que os supermercados deem as novas sacolas ou abaixem os preços das mercadorias Foto:Jéssyca rodrigues
A sugestão não foi bem aceita por alguns representantes de supermercados. Eles alegam que alguns clientes poderiam consumir mais que o necessário, já que o preço da sacola está embutido na compra.
De acordo com dados fornecidos pela gerência de uma rede de supermercados sobralense, por mês, só uma unidade utiliza cerca de 80 mil sacolas.
Problema
Para a superintendente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente (Amma), Mara Silva, as sacolas são um grave problema para a natureza, já que demoram muitos anos para se degradarem. O ideal seria reduzir a quantidade utilizada para garantir o futuro das próximas gerações.
"A iniciativa apresentada é bastante louvável. Hoje, o aterro sanitário recebe um alto volume de sacos plásticos, não só de Sobral, mas também de Municípios vizinhos. Além disso, o peso leve dos sacos faz com que o vento os leve facilmente quando estão vazios e, muitas vezes, eles acabam enganchando em árvores e na fiação elétrica, causando mais danos e problemas. Toda a sociedade sofre com isso", disse.
Um dos pontos que também foi discutido no encontro foi a cultura local. Segundo o promotor Irapuan, retirar as sacolas plásticas pode ser difícil porque muitas pessoas têm o hábito de reutilizá-las para o lixo doméstico. É o caso da secretária Ana Lucia Souza. Ela é contra a iniciativa, pois na sua casa a sacola sempre é utilizada para colocar lixo. "Eu não acho certo isso. A gente já paga pra ter a sacola no preço dos produtos, então, que eles nos deem as sacolas ou abaixem os preços das mercadorias. Eu vou sentir falta se tirarem elas, pois vou ter que passar a comprar aqueles sacos pretos, próprios para lixo", lembrou.
A superintendente da Amma entende que essa prática dificultará o processo de erradicação das sacolas. "As donas de casa colocam restos de comida dentro e o material da sacola é fino, além de não impedir a proliferação do cheiro. Os animais de rua, quando sentem o odor, rasgam, deixando o lixo pelo meio da rua", salientou.
Na avaliação dela, poderiam haver mais incentivos públicos nesse quesito, pois há apenas um programa municipal que atua de forma geral no assunto: "Sobral é a Maior Limpeza". Essa campanha tem como objetivo diminuir a emissão de qualquer tipo de resíduo na região.
Ao fim da reunião, ficou decidido que será realizada uma audiência pública para expor as propostas oficiais também para a população. A data marcada será no próximo dia 2 de julho e acontecerá no auditório da CDL, em Sobral.
JÉSSYCA RODRIGUESCOLABORADORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário