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terça-feira, 24 de maio de 2011

O começo do fim das sacolas plásticas de supermercados

 
O meio ambiente vem se tornando "a bola da vez" no mundo inteiro e é fato, está todo mundo engajado em fazer algo de diferente. O uso das sacolas plásticas para embalar produtos em supermercados deve gerar muitos milhões para a indústria plástica, mas ela terá que se focar em outros negócios com o plástico para enfrentar a variável ambiental que as empresas estão adotando.

Volto a repetir, são tantas as ações ambientais em prol da redução de sacolas plásticas que já deve ser considerada variável estratégica imediata para se adaptar aos negócios. Tenho certeza que tem empresário que ainda acha que a melhor estratégia é reduzir os preços (ação de curto prazo com prejuízos no longo prazo). Recado dado, a preservação do meio ambiente é a tônica da campanha nacional que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançará nesta terça-feira (23/06/09), em São Paulo, com o apoio da rede de supermercados Wal-Mart Brasil. Um dos objetivos é incentivar a substituição de sacolas plásticas, utilizando outros meios para o transporte de compras e o acondicionamento de lixo.

Números: de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Brasil consome a cada ano 12 bilhões de sacolas plásticas. Cada brasileiro usa em torno de 66 unidades por mês. Como se trata de um material que exige longo tempo para decomposição, estimado em cerca de 500 anos, o plástico acaba provocando danos muitas vezes irreparáveis ao meio ambiente.

A rede de supermercados Wal-Mart Brasil informou, por e-mail, que a campanha nacional Saco é um Saco quer alertar a população sobre a importância de reduzir o consumo de sacolas plásticas. A campanha recomenda que a população recuse esse tipo de material, sempre que for possível, para o transporte de compras e o acondicionamento de lixo.

Desde dezembro de 2008, a Wal-Mart Brasil criou o programa Cliente Consciente Merece Desconto (R$ 0,03 por sacola a cada cinco produtos). Esse é, até o momento, o único programa no Brasil que repassa benefícios financeiros aos consumidores que recusarem os sacos plásticos para transportar suas compras.

Em setembro do ano passado, a Wal-Mart Brasil passou a oferecer aos clientes uma sacola reutilizável feita de algodão, ao preço de R$ 2,50 a unidade. A rede estima que 1,5 milhão de sacolas desse tipo já estão sendo usadas pelos clientes em todo o País. Em nível mundial, a Wal-Mart anunciou investimentos em sustentabilidade no valor de US$ 500 milhões, em cinco anos.

Na Europa, várias redes de supermercados e cidades não dão sacolas plásticas, elas podem até ser compradas, mas a um preço relativamente alto e bem mais resistentes que as sacolinhas dos nossos supermercados. Essa é uma tendência mundial. No ano passado, a China proibiu o uso de sacolas plásticas. Lembrando que lá o consumo era de 3 bilhões de bolsas descartáveis por dia. O governo brasileiro está começando a "interferir" e já li editoriais recentes de que é impossível o Brasil eliminar o uso de sacolas plásticas em supermercados.

Miopia grave para esse editorial e alerta básico para a indústria plástica. Para quem gosta de aproveitar oportunidades, está aberta as oportunidades para explorar o consumo consciente, fazer sacolas de pano como brindes de marketing e adotar essa bandeira ambiental será grife de dizer que a empresa está "up to date", vai entrar na mesma linha de ter tecnologia de última geração em sua gestão. Mas será que as empresas estão preparadas para isso?

Oportunidades para os fornecedores de sacolas de pano serem esmagados na negociação com os varejistas, mas ganharão na escala. First movers, agora é ver e aguardar. E você, o que acha?

Fontes: G1, Folha, Agência Brasil, mktmais.blogspot.com.

ESG

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