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segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Salvador dos Judeus, Oskar Schindler

 
Conhecido por sua lista, Oskar Schindler, membro do partido nazista e grande industrial de um fábrica de suporte à guerra, mudou definitivamente a história de muitas pessoas. Salvando vidas judias do holocausto, sua história mostra que apesar de todos os infortúnios da Segunda Guerra Mundial houve aqueles que lutaram por bons propósitos ajudando pessoas que deveriam simplesmente odiar segundo a lógica nazista. No período pós-guerra, quando a Alemanha entrou na chamada Depressão, muitas famílias perderam seus negócios e foram empobrecendo. Como muitos alemães, Oskar poderia ter criado uma rejeição pelos judaicos, que teoricamente seriam os culpados pelo descréscimo econômico da época, entretanto não se deixou ser influenciado pelas propagandas nazistas, apesar de ser membro do partido.


+ Exército Nazista
Antes do início prático da Primeira Guerra Mundial, Oskar, nascido em 28 de abril de 1908, teve sua infância cercada de privilégios e luxos provenientes do lucro da fábrica de seu pai. Tendo interesse em continuar o legado de sua família, optou por estudar engenharia mecânica, mas durante a depressão que antingiu toda a Alemanha na época pós-guerra seus pais perderam parte de seus bens, incluindo a indústria. Nessa mesma fase, Oskar casou-se em 1928 com Emilie Schindler, juntos passaram pela ilegalidade de ajudar judeus, apesar de terem uma história conturbada.
Enquanto estava na Cracóvia, lugar para qual havia se mudado após o empobrecimento de seus parentes, as tropas alemãs começaram a agir para o acontecimento da Segunda Guerra Mundial. Assim como todos os alemães, alistou-se no Partido Nazista em 1939, obtendo aliados importantes para a posse e crescimento de sua própria fábrica, antes pertencente a um judeu, assim uma pequena fábrica de esmaltados tornou-se fabricadora de produtos bélicos. Até então, nosso “herói” tinha pensamentos egoístas, mas algo mudava em seu comportamento, historicamente é dito que a constante vivência com os maltratos aos judeus é o marco inicial para essa mudança.
Nesse ponto começa a saga de Schindler, sua empresa era tida como um refúgio, lá os não-arianos eram tratados como qualquer ser humano deveria ser tratado, com respeito e dignidade. Com o cancelamento do gueto onde estavam os trabalhadores, todos os que viviam dentro dos muros deveriam ser transferidos para Plaszóvia, Schindler decidiu criar uma nova fábrica perto do local onde ficariam os judeus, visando um modo de mantê-los “bem”. Subornando gorvenantes e gastando pouco a pouco todo o dinheiro arrecadado durante os outros anos de guerra. Dos campos de trabalhos de Plaszóvia aos campos de concentração, era esse o percurso desse povo, para intervir na morte dessas pessoas, Schindler convenceu os políticos que sua indústria era de suma importância para o exército alemão nazista, ganhando a permissão para transportar seus empregados para as aproximidades da nova franquia estabelecida em Brünnlitz. Esse foi o ápice de sua história humanitária, foi nesse período que a lista foi escrita com vários nomes, todos eles representavam um operário de sua empresa que seria salvo e levado em segurança para o local da indústria. Falsificando documentos e subornando figuras do poder, Oskar Schindler cometeu o maior ato de sua vida.
+ Oskar Schindler
Oskar Schindler

Oskar manteve sobre cuidados os judeus resgatados até o final do conflito, a esse estágio, já não lhe restava nada, apenas o local onde estava a fábrica de refugiados. Com a oficialização do término da guerra a vida de Schindler teve muitas dificuldades. Schindler foi privado de sua própria nacionalidade, além de ter sofrido ameças constantes de antigos nazistas e ter o seu pedido de asilo nos EUA recusado, por ter pertencido ao Partido Nazista. Ele e sua esposa e todos os outros alemães que o ajudaram tinham que fugir, pois apesar de tudo o que tinha feito era aliado ao Partido Nazista. Assim foi para Argentina, local onde morou patriocinado pela Aliança Judia, em agradecimento ao seus atos humanitários. Entretanto seu destino estava em sua nação. Voltou para a Alemanha, deixando Emilie em Buenos Aires e construindo uma nova família, juntou-se com outra mulher, com quem teve dois filhos.
Não temos Schindler como um perfeito herói, já que muito de seus atos o mostrou imoral do ponto de vista ético, porém mesmo com os motivos iniciais errados ele soube demonstrar o quanto um homem pode mudar o destino de pessoas, usando esse dom para o bem, sem se importar com as diferenças que os separam. Apesar de existir um recente estudo afirmando que estas listas nunca foram realmente escritas, o fato de um simples homem mudar vidas consideradas acabadas ficará para sempre na história. Hoje, este mesmo homem que antes tinha princípios oportunistas tem seu nome escrito no registro do museu do Holocausto em Israel como homenagem devido à ajuda prestada aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Com sua morte em 09 de outubro de 1974 em Hildsheim na Alemanha, foi enterrado num cemitério católico em Monte Sião, dando fim a uma vida brilhante e deixando mais de 6.000 (seis mil) descendentes dos “judeus de Schindler” residindo nos EUA, Europa e Israel.

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