Camareira mentiu sobre Kahn Publicado em 2 de julho de 2011
Ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn deixa corte de NY ao lado da mulher; ele foi libertado sem fiança - FOTO: REUTERS
Segundo a promotoria, a suposta vítima do ex-diretor geral do FMI teria mentido em várias partes do depoimento
Nova York Em carta enviada à Justiça de Nova York, os promotores do caso do ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disseram que a camareira admitiu ter mentido sobre importantes detalhes da sua acusação contra o francês. Segundo a nova versão, após o incidente ela teria continuado seu trabalho antes de avisar a gerência do hotel sobre a agressão sexual.
"A autora da queixa, desde então, admitiu que o depoimento era falso e que, logo depois do incidente no quarto 2086, passou a limpar um quarto próximo e só depois fez o mesmo no 2086, antes de denunciar o caso a seus supervisores", indicaram os promotores, segundo documentos do tribunal.
Caso a nova versão do depoimento seja confirmada em audiência, a tese defendida pela defesa do ex-chefe do FMI - de que a relação sexual teria sido consensual - deve ganhar força.
Na carta enviada pela promotoria, afirma-se que a suposta vítima deixou o quarto e limpou outro cômodo antes de denunciar a suposta agressão, ao invés de, em pânico, ter corrido imediatamente à gerência, como antes afirmara. "No curso da investigação, a acusadora mentiu aos promotores distritais assistentes sobre vários outros assuntos, incluindo sua história, experiências prévias, circunstâncias presentes e relacionamentos pessoais", diz o documentoSegundo Benjamin Brafman, um dos advogados de defesa do francês, Strauss-Kahn será declarado inocente. "Os últimos elementos relacionados ao caso reforçam nossa convicção de que será declarado inocente. É um grande alívio", disse.
A justiça nova-iorquina suspendeu ontem a prisão domiciliar de Kahn, mas as acusações por crimes sexuais abertas contra ele não foram abandonadas.
Reviravolta
O Tribunal Penal de Nova York libertou ontem o ex-diretor do FMI que estava há um mês e meio em prisão domiciliar.
Strauss-Kahn foi libertado sem fiança, o que indicaria que as acusações são menos graves do que as apresentadas.
Segundo o canal de TV americano CNN, ainda há algumas condições para a libertação do francês. As acusações não foram derrubadas e ele continua sendo processado.
A TV mostrou imagens de Strauss-Kahn deixando a corte, sorrindo, ao lado da mulher.
O caso de Kahn sofreu uma reviravolta na quinta (30) quando o "The New York Times" revelou, com fontes ligadas ao caso, que havia fortes suspeitas sobre a credibilidade da vítima. Estas suspeitas teriam sido apresentadas na audiência de ontem, o que teria resultado na libertação do francês.
fonte: DN 02.06.2011
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