Na Alemanha, começam as comemorações do 50º aniversário do Muro de Berlim
Nesta segunda-feira (8), a cidade de Berlim começa as comemorações pelo 50º aniversário da construção do Muro de Berlim. Durante toda a semana, a capital alemã será palco de diversas homenagens, exposições e debates que relembrem esse que foi o maior símbolo da Guerra Fria. A data oficial de aniversário, o dia em que o Muro terminou de ser levantado, é 13 de agosto.
O prefeito de Berlim, o social-democrata Klaus Wowereit, inaugurou na manhã desta segunda um monumento em lembrança às vítimas do Muro em Teltow, na região metropolitana da capital, e um ponto no qual pelo menos 20 fugitivos da República Democrática Alemã (RDA) foram mortos.
O 50º aniversário da construção do Muro, destacou Wowereit, “é uma ocasião especialmente adequada” para lembrar “aqueles que foram assassinados” ao tentar atravessá-lo – pelo menos 136 pessoas, de acordo com o número oficial. Além disso, estão previstos dezenas de eventos, como exposições fotográficas, representações teatrais, vigílias noturnas e sessões cinematográficas temáticas.
Apesar de mais de 20 anos da queda do muro, uma fronteira invisível segue cruzando Berlim. Uma recente enquete do instituto Forsa para o jornal local “Berliner Zeitung” apontou que mais de um terço dos habitantes da atual capital consideram que a decisão de levantar o Muro em 1961 foi “acertada”.
Entre os antigos cidadãos de Berlim oriental a porcentagem dos que pensam assim cresce para 59%, enquanto entre os antigos habitantes do Oeste esse número cai para 31%. O comentarista alemão Marco Krefting afirmou na semana passada que o Muro se levantou e caiu “da noite para o dia”, mas que “na cabeça das pessoas segue de pé”.
“Os alemães do leste e do oeste encontraram poucos pontos em comum”, afirmou, acrescentando que uns seguem se referindo aos outros como “ossis” e “wessis”, como se denominavam de forma depreciativa os antigos alemães orientais e ocidentais, respectivamente.
As diferenças afetam também o plano econômico: os estados federados da antiga RDA são significativamente mais pobres que os do oeste e sua taxa de desemprego é o dobro da registrada no resto do país. No entanto, os analistas consideram que essa divisa invisível de Berlim está sendo apagada com a passagem do tempo, pela mudança geracional e a chegada de novos habitantes.
O Muro de Berlim tinha 1.400 quilômetros de extensão e delimitava a fronteira entre a República Democrática Alemã (RDA, a Alemanha Oriental) e a República Federal da Alemanha (RFA, a Alemanha Ocidental) em Berlim. A diferença na qualidade de vida entre as duas partes da cidade fez com que 100 mil cidadãos da RDA tentassen fugir de seu país; desses, 251 morreram durante a tentativa de fuga ou em consequência da fiscalização realizada na fronteira. O Muro media 4 metros, tinha 302 torres de vigilância e era fortemente vigiada por 11.500 soldados e 259 cachorros. Confira, abaixo,
algumas imagens do Muro durante a Guerra Fria e depois de sua derrubada.
O 50º aniversário da construção do Muro, destacou Wowereit, “é uma ocasião especialmente adequada” para lembrar “aqueles que foram assassinados” ao tentar atravessá-lo – pelo menos 136 pessoas, de acordo com o número oficial. Além disso, estão previstos dezenas de eventos, como exposições fotográficas, representações teatrais, vigílias noturnas e sessões cinematográficas temáticas.
Apesar de mais de 20 anos da queda do muro, uma fronteira invisível segue cruzando Berlim. Uma recente enquete do instituto Forsa para o jornal local “Berliner Zeitung” apontou que mais de um terço dos habitantes da atual capital consideram que a decisão de levantar o Muro em 1961 foi “acertada”.
Entre os antigos cidadãos de Berlim oriental a porcentagem dos que pensam assim cresce para 59%, enquanto entre os antigos habitantes do Oeste esse número cai para 31%. O comentarista alemão Marco Krefting afirmou na semana passada que o Muro se levantou e caiu “da noite para o dia”, mas que “na cabeça das pessoas segue de pé”.
“Os alemães do leste e do oeste encontraram poucos pontos em comum”, afirmou, acrescentando que uns seguem se referindo aos outros como “ossis” e “wessis”, como se denominavam de forma depreciativa os antigos alemães orientais e ocidentais, respectivamente.
As diferenças afetam também o plano econômico: os estados federados da antiga RDA são significativamente mais pobres que os do oeste e sua taxa de desemprego é o dobro da registrada no resto do país. No entanto, os analistas consideram que essa divisa invisível de Berlim está sendo apagada com a passagem do tempo, pela mudança geracional e a chegada de novos habitantes.
O Muro de Berlim tinha 1.400 quilômetros de extensão e delimitava a fronteira entre a República Democrática Alemã (RDA, a Alemanha Oriental) e a República Federal da Alemanha (RFA, a Alemanha Ocidental) em Berlim. A diferença na qualidade de vida entre as duas partes da cidade fez com que 100 mil cidadãos da RDA tentassen fugir de seu país; desses, 251 morreram durante a tentativa de fuga ou em consequência da fiscalização realizada na fronteira. O Muro media 4 metros, tinha 302 torres de vigilância e era fortemente vigiada por 11.500 soldados e 259 cachorros. Confira, abaixo,
algumas imagens do Muro durante a Guerra Fria e depois de sua derrubada.
Lucas Hackradt, com Agência EFE
fonte : Revista Época
fonte : Revista Época
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