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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

60% das mulheres fingem orgasmos


Se você aí me lendo for uma garota, responda rápido: Já fingiu um orgasmo? Segundo a Temple University, nos Estados Unidos, 60% das mulheres já fizeram essa encenação ao menos uma vez na vida. O novo estudo deu fôlego para muitas discussões a respeito do prazer fingido na cama.
O escritor Yashar fala em um post de seu Blog que devemos abolir de vez a encenação. Segundo ele, o orgasmo fake deve ser analisado como um problema sistemático em nossa sociedade. Desde o passado, o sexo foi encarado como um presente para o homem, e até hoje as mulheres acham que devem isso a eles. O escritor diz que o fingimento só gera mais problemas, pois os homens acreditam que são o máximo em sua performance e não se esforçam para agradar.
A pesquisa da Temple University também fornece dados alarmantes. Três quartos das mulheres entrevistadas nunca têm orgasmos pela penetração, e 15% jamais chegaram ao clímax. Yashar traz à tona um ponto bastante válido: gastamos bilhões de dólares com o desenvolvimento de drogas para disfunção erétil, como o Viagra, mas quase não falamos sobre os milhões de mulheres que não conseguem sentir prazer. E quando se fala sobre isso, geralmente a explicação é “ah, é que as mulheres são mais complicadas”. A ideia de que a complexidade feminina é um pretexto pra não precisar satisfazê-las é no mínimo simplória. Se o homem está disposto a ter intimidade a ponto de fazer sexo, acho que ele também está disposto a entender o que agrada a parceira.
Mas por que nós mulheres fingimos orgasmos no lugar de simplesmente dizer que não foi daquela vez? Acho que existem motivos múltiplos (pegou a piada?). De vez em quanto, é por exaustão. Não que o sexo esteja ruim, mas o dia foi muito cansativo, a cama está logo ali e dormir parece mais atraente que gozar. Pode ser por falta de intimidade com o parceiro, e o medo ou vergonha de dizer “você não tá fazendo do jeito que eu gosto, queridão”. Pode ser um gemido de piedade, afinal, o moço ta se esforçando, mesmo que sem êxito. E pode ser um elogio meio distorcido, como quando falamos que um corte de cabelo estranho ficou bom.
A verdade é que nem todos os rapazes entendem que a maior parte das mulheres não tem orgasmos em 100% das relações sexuais. E isso nem sempre significa que o sexo foi ruim, ou que o homem fez algo de errado.  Tem gente que apela pro orgasmo encenado, só pra fugir da desconfortável pergunta “por que você não gozou?”
Mas acho que o importante mesmo é garantir que a encenação não se torne uma constante. Por mais que fingir pareça mais fácil que conversar abertamente com o parceiro sobre o que agrada ou incomoda, abrir mão do prazer é um preço muito alto a se pagar.

O que você acha? Tudo bem fingir de vez em quando? Ou devemos optar pela verdade nua e crua sempre? Deixe um comentário!

Margarida Telles é repórter de ÉPOCA em São Paulo.
fonte: Época/Mulher 7X7

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