Tóquio, Japão. Pesquisadores da Sony estão desenvolvendo uma bateria movida a papel, no Japão. O modelo de energia "verde" gera eletricidade a partir do uso da enzima celulase, que decompõe papéis picados e os transforma em açúcar - glicose, que é fonte de energia. Os papeis se combinam com oxigênio e outras enzimas, transformando o composto em elétrons e íons hidrogênio.
Em uma feira de produtos ecológicos, realizada nos últimos dias em Tóquio, os japoneses demonstraram o funcionamento da ideia. Crianças foram convidadas para molhar os pedaços de papel na solução com enzimas e água. O composto estava ligado a um pequeno ventilador, que funcionou, mostrando que o projeto está no caminho certo.
Membro do laboratório de Pesquisas em Materiais Avançados da Sony, Yuchi Tokia afirma que a bateria ainda não está pronta. "Isso ainda é o início dessa tecnologia. Mas, quando pensamos nas possibilidades que isso pode gerar, tudo se torna muito excitante", disse Tokia, em entrevista à BBC.
Se passar a fazer parte do mercado, a inovação pode permitir maior tempo de uso de aparelhos eletrônicos à população, que pode aproveitar papéis que iriam para o lixo. A bateria é "verde" por não ser usar química ou metais pesados.
Flash
Origem. O projeto foi baseado em um trabalho com suco de frutas para fazer funcionar um Walkman.
Greenpeace aprova iniciativa
Tóquio. O lixo acumulado por baterias de aparelhos eletrônicos é algo preocupante para a organização de proteção ambiental Greenpeace. "A reciclagem das baterias é bastante complicada", disse John Sauven, diretor da entidade, no Reino Unido.
Por outro lado, mesmo testes mostrando que a bateria a base de papel gera energia o suficiente para fazer funcionar pequenos eletrônicos, como os tocadores de mp3, ela ainda não apresenta a mesma eficácia que as baterias químicas presentes no mercado.
BBC./O TEMPO
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