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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vale a pena fazer um microsseguro?

Pagar R$ 3,50 ao mês por um seguro de vida ou R$ 5 para ter a garantia de seu aparelho celular estendida por mais um ano pode ser barato. Mas, segundo analistas, também pode ser desnecessário. Há pelo menos cinco anos, as maiores seguradoras brasileiras vêm oferecendo produtos deste tipo, que são os chamados seguros populares, ou microsseguros. Mas antes de aceitar todas as ofertas de vendedores, os consumidores precisam avaliar se aquele seguro realmente vale a pena.
Os seguros de vida e saúde, segundo os especialistas, sempre valem a pena para quem ainda não possui esses dois tipos de proteções. “Esses dois são os principais,” diz Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da FGV . Segundo ele, o microsseguro "é um produto inclusivo, de fácil compreensão e que permite que a população que ainda não tem seguro possa se proteger."

   
Foto: Getty Images 
Microsseguros de vida e saúde são os principais e, em geral, valem a pena, dizem especialistas
“De uma maneira geral, os microsseguros são bons para disciplinar a população a lidar com os seguros,” concorda Angela Menezes, professora de finanças do Ínsper. No entanto, nem todos os produtos oferecidos pelas empresas são realmente necessários, ressalvam os especialista.
Segundo ela, sempre vale a pena ter um seguro que proteja o patrimônio. Mas o consumidor precisa avaliar cada caso. Se o valor do produto fizer falta no orçamento caso seja preciso fazer uma reposição, faz sentido fazer o seguro. É o caso de um consumidor que adquire um celular, cujo preço tem um impacto significativo no orçamento. "Se o aparelho for roubado ou perdido, ele não poderá comprar outro com facilidade. Algumas vezes, o custo do aparelho chega a 30% do salário de uma pessoa. Neste caso, vale a pena ter seguro,” afirma.
“Ou seja, o seguro deve servir para proteger aquilo que não podemos repor com facilidade,” resume o consultor financeiro Mauro Calil. Carro, casa, emprego, vida e saúde são exemplos, segundo o especialista.
Também pode ser interessante fazer o seguro de garantia estendida – que dá um prazo extra de garantia além do originalmente oferecido pelo fabricante - para produtos que costumam estragar com facilidade e que têm um alto custo de manutenção, como ferros de passar roupas, e aparelhos sofisticados, que são mais caros.

No caso do ferro de passar, ainda que o preço de uma unidade não faça falta no orçamento mensal do consumidor, o seguro pode poupá-lo de ter que comprar um novo em pouco tempo. “Compensa pagar R$ 5 na hora da compra do que R$ 100, por exemplo, por um novo daí a seis meses,” diz Angela.
No entanto, quado o valor do produto é baixo e a garantia do fabricante já é longa, não é preciso gastar um dinheiro que não trará frutos, comenta o advogado Antonio Penteado Mendonça, especialista em microsseguros. "Supomos que o consumidor adquira um liquidificador, com garantia de 2 anos de fábrica. Isso já é mais do que suficiente," diz.
"Também não faz sentido pagar para estender o período de garantia para um prazo mais longo do que aquele que o consumidor estima que vai trocar o bem por um modelo mais moderno," acrescenta.
Os chamados seguros prestamistas, que impedem a inadimplência do consumidor caso ele perca o emprego, morra ou fique inválido também podem ser interessantes, segundo Calil, para prestações caras e ligadas a bens de alto valor. “É o caso de financiamentos de carros,” diz. No entanto, ele considera que não vale a pena pagar pela proteção para prestações mais baixas, como de uma geladeira ou um aparelho de televisão.

IG

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