Governo cumpre promessa de conceder apenas a inflação de reajuste.
Sindicatos pediam reajuste acima de 12%, mas não foram atendidos.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O Ministério da Previdência Social informou nesta sexta-feira (6) que os benefícios previdenciários que estão acima do valor do salário mínimo, que foi fixado em R$ 622 a partir de janeiro deste ano, com pagamento em fevereiro, terão um reajuste de 6,08%. Segundo o governo, a portaria com os valores deve ser publicada no "Diário Oficial da União" na próxima semana. Cerca de nove milhões de aposentados ganham mais do que um salário mínimo.
O valor de 6,08% refere-se à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - que serve de referência para a correção dos benefícios previdenciários. O aumento para quem ganha acima do piso previdenciário representará uma despesa de R$ 7,6 bilhões para o governo em 2011, informou o Ministério da Previdência.
Os benefícios da Previdência compreendem aposentadorias (por idade, invalidez e tempo de contribuição), auxílios para casos de acidente, doença e reclusão, pensões por morte e especiais, salários família e maternidade, além de auxílios de assistência social como o Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
A decisão ficou bem aquém do que pediam os aposentados, que buscavam a variação do INPC de 2011 mais 80% do PIB do ano passado - o que resultaria em um reajuste de cerca de 12%.
Pelo menos 311 mil aposentados passam a receber pelo piso
Estudo da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) mostra que a politica do governo, de conceder reajustes reais somente para os aposentados que ganham um salário mínimo, sem aumento acima da inflação para os que ganham mais do que disso, faz com que aposentadorias se aproximem, com o passar do tempo, ao piso (salário mínimo).
O próprio Ministério da Previdência Social admitiu, nesta sexta-feira, que "pelo menos 311 mil beneficiários que, em 2011, recebiam ligeiramente acima do mínimo, agora passarão a receber o piso previdenciário".
Governo X aposentados
"O problema é o seguinte. Nós temos responsabilidade e ser governo é isso. De vez em quando você tem de ter coragem de enfrentar e dizer não até com dor no coração", disse o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a jornalistas após reunião com sindicatos e representantes dos aposentados em dezembro do ano passado. Na ocasião, ele não descartou totalmente, porém,a possibilidade de ser feita uma nova proposta neste ano.
A posição do governo não foi bem aceita pelos representantes dos aposentados. Em dezembro doa no passado, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini, disse não acreditar que o governo voltará a negociar o assunto no próximo ano. Segundo ele, a derrota, neste caso, foi do governo. "O governo está indo para o abismo. É uma política errada, que poderá levar o país a uma recessão. Não dá para aceitar. Não tenho dúvida de que a presidente vai perder o voto dos aposentados", declarou ele naquele momento.
G1
Sindicatos pediam reajuste acima de 12%, mas não foram atendidos.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O Ministério da Previdência Social informou nesta sexta-feira (6) que os benefícios previdenciários que estão acima do valor do salário mínimo, que foi fixado em R$ 622 a partir de janeiro deste ano, com pagamento em fevereiro, terão um reajuste de 6,08%. Segundo o governo, a portaria com os valores deve ser publicada no "Diário Oficial da União" na próxima semana. Cerca de nove milhões de aposentados ganham mais do que um salário mínimo.
O valor de 6,08% refere-se à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - que serve de referência para a correção dos benefícios previdenciários. O aumento para quem ganha acima do piso previdenciário representará uma despesa de R$ 7,6 bilhões para o governo em 2011, informou o Ministério da Previdência.
Os benefícios da Previdência compreendem aposentadorias (por idade, invalidez e tempo de contribuição), auxílios para casos de acidente, doença e reclusão, pensões por morte e especiais, salários família e maternidade, além de auxílios de assistência social como o Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
A decisão ficou bem aquém do que pediam os aposentados, que buscavam a variação do INPC de 2011 mais 80% do PIB do ano passado - o que resultaria em um reajuste de cerca de 12%.
Pelo menos 311 mil aposentados passam a receber pelo piso
Estudo da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) mostra que a politica do governo, de conceder reajustes reais somente para os aposentados que ganham um salário mínimo, sem aumento acima da inflação para os que ganham mais do que disso, faz com que aposentadorias se aproximem, com o passar do tempo, ao piso (salário mínimo).
O próprio Ministério da Previdência Social admitiu, nesta sexta-feira, que "pelo menos 311 mil beneficiários que, em 2011, recebiam ligeiramente acima do mínimo, agora passarão a receber o piso previdenciário".
Governo X aposentados
"O problema é o seguinte. Nós temos responsabilidade e ser governo é isso. De vez em quando você tem de ter coragem de enfrentar e dizer não até com dor no coração", disse o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a jornalistas após reunião com sindicatos e representantes dos aposentados em dezembro do ano passado. Na ocasião, ele não descartou totalmente, porém,a possibilidade de ser feita uma nova proposta neste ano.
A posição do governo não foi bem aceita pelos representantes dos aposentados. Em dezembro doa no passado, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini, disse não acreditar que o governo voltará a negociar o assunto no próximo ano. Segundo ele, a derrota, neste caso, foi do governo. "O governo está indo para o abismo. É uma política errada, que poderá levar o país a uma recessão. Não dá para aceitar. Não tenho dúvida de que a presidente vai perder o voto dos aposentados", declarou ele naquele momento.
G1
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