Um pedreiro foi assassinado na frente do filho de 7 anos, no fim da noite de anteontem, no bairro Vista Alegre, na região Oeste de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, dois homens armados invadiram o apartamento de Oseias Lana Sabino, de 34 anos, que fica no quarto andar de um conjunto habitacional, e atiraram várias vezes contra ele.
Segundo informações levantadas pelos policiais na região, o crime pode ter sido motivado por vingança. Recentemente, Sabino teria sido abordado por um homem que teria oferecido dinheiro para ele guardar drogas no apartamento, mas o pedreiro recusou a proposta. Em função disso, os dois teriam tido uma discussão.
Sabino havia voltado do trabalho e preparava o jantar, quando os suspeitos chegaram ao local. Três dos tiros atingiram o pedreiro, que morreu no local. Logo em seguida, os suspeitos fugiram do apartamento. Sozinho com o corpo do pai, o menino gritou por socorro e foi amparado por uma vizinha. "Estava todo mundo dormindo. Acordamos com o barulho dos tiros, mas ninguém teve coragem de sair para ver o que tinha acontecido", comentou uma moradora do conjunto, que não quis se identificar.
Ainda de acordo com vizinhos, o pedreiro e o filho moravam sozinhos no apartamento há pelo menos três anos. Sabino não tinha passagens pela polícia e convivia pouco com a vizinhança. "Era uma pessoa muito fechada, não conversava com quase ninguém por aqui", disse uma moradora.
O menino foi deixado aos cuidados de um parente, que não foi encontrado pela reportagem para falar sobre o assunto. Informações sobre os suspeitos foram levantadas pela polícia ainda durante a madrugada, mas ninguém havia sido preso até a noite de ontem. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios do Barreiro.
Insegurança
No conjunto habitacional onde o crime aconteceu, os suspeitos não tiveram dificuldades para entrar. Na manhã de ontem, todos os portões que dão acesso aos apartamentos estavam abertos, e os prédios não contavam com porteiros.
De acordo com moradores, durante a noite, também é comum os portões ficarem abertos. "As vezes a gente arruma uma tranca para fechar o portão, mas ele passa a maior parte do tempo aberto", comentou uma moradora.
Silêncio
No conjunto habitacional onde o crime ocorreu, a vizinhança percebeu a movimentação policial durante a madrugada, mas todos evitam comentar o assunto. "Tem coisas que acontecem que é melhor a gente nem falar nada", disse uma moradora, assustada com o que aconteceu.
OTEMPO
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