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sábado, 31 de março de 2012

Agentes prisionais deflagram greve


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Socorro Marques, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, afirma que a categoria está mobilizada para manter a paralisação no Estado
FOTO: TUNO VIEIRA
Os agentes penitenciários do Ceará iniciaram, desde zero de hoje, uma greve em todas as unidades prisionais do Estado. Nas cadeias públicas, penitenciárias e Casas de Prisão Provisória de Liberdade (CPPLs) funcionarão apenas os serviços essenciais, como fornecimento de alimentação, serviços médicos e cumprimento de alvarás de soltura. Conforme o Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos no Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindaspce), todas as visitas estarão suspensas enquanto durar a paralisação.

Governo

Segundo a presidente do sindicato, Socorro Marques, o Governo descumpriu o acordo firmado com a categoria que era de enviar, até ontem, para a Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), o Projeto de Lei (PL) que regulamenta o aumento dos salários dos agentes.

"Queremos que o governador cumpra o acordo que firmou com o trabalhador, por meio da Secretária da Justiça. Passamos 90 dias negociando e obtivemos a promessa de que o projeto seria enviado até o fim deste mês. Como não foi cumprido o combinado, decidimos pela greve", afirma Marques. Conforme a líder sindical, o projeto de lei previa um aumento salarial de 22 por cento neste ano para os agentes, mais cinco em 2012, e outros cinco por cento em 2014.

Marques destacou que a decisão de paralisar as atividades, em caso de descumprimento do acordo, foi tomada em assembleia realizada no último dia 17.

Terça-feira (27), um ofício foi enviado à secretária de Justiça, Mariana Lobo, informando sobre a decisão. "Estivemos hoje na Sejus e a secretária disse que o governador não havia assinado porque o chefe de gabinete está de licença. O Governo nos empurrou para essa greve. Estamos temerosos, pois o Sistema Penitenciários cearense é fragilizado com 17 mil presos e apenas 698 agentes", destaca.

Até a noite passada, a Secretaria da Justiça não havia se manifestado sobre a greve.

fonte DN

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